TERCEIRO DIA
Durante o café da manhã ouvi uns comentários de um pessoal que estava hospedado na pousada, sobre um outro lavandário que havia na cidade. Não que eu fique de ouvido na conversa alheia, mas como as mesas eram próximas umas das outras, foi inevitável! rs. Eu até ia perguntar mais detalhes para eles, mas eles iniciaram um papo animado com a simpática moça da pousada e não quis interromper.
Nós realmente tínhamos notado uma placa na rodovia indicando um local chamado Contemplário, mas não imaginávamos que se tratava de outra plantação de lavandas. Fiz uma rápida busca na internet e não achei muitas informações sobre o local. Acho que era recém inaugurado.
Terminamos o café e fomos direto para lá. O Contemplário fica na Rodovia Cunha-Paraty km 61,5 sentido Paraty.
Foi uma grata surpresa, o lugar é lindo e muito bem cuidado. Bem menor do que o campo d’O Lavandário, mas com um detalhe que achei super bacana: um deck sob um precioso jacarandá, localizado entre as lavandas.
Ficamos um bom tempo ali só nós dois e depois fomos tomar um café e visitar a loja que fica logo na entrada do Contemplário.
O proprietário do local nos recebeu super bem, nos mostrou e explicou como é feita a extração do óleo essencial de lavanda, ficamos batendo um papo muito legal sobre a região, a vida em Cunha.
Os produtos à venda são feitos por lá mesmo. Compramos um aromatizador de ambientes de lavanda com alecrim, cheirinho muito bom!
Saímos de lá por volta do meio dia e decidimos almoçar num restaurante que vimos na visita aos ateliês, o Quebra Cangalha.
O salão do restaurante é muito bonito, bem decorado e há opções de mesa na parte externa. Não havia nenhum cliente ainda, além de nós.
Depois do almoço, como estávamos na cidade, resolvemos conhecer um pouco mais, passamos em algumas lojinhas, no Mercado Municipal.
Mais tarde, decidimos ir tomar um sorvete num lugar que vimos na rodovia, a Fazenda Aracatu. Fica no km 56, do lado esquerdo da R. Cunha-Paraty, sentido Paraty. Sempre que passávamos em frente, víamos um cartaz dizendo que ali havia sorvete artesanal cremoso (ou algo do tipo, o suficiente para nos instigar rs).
Nós não chegamos a conhecer a fazenda de fato, entramos somente na “loja”. Ali você encontra, além dos sorvetes, café, diversos tipos de queijos, geleias, vinhos e na ocasião estavam vendendo capeletti in brodo no fogão à lenha (que eu fiquei “de zoião”, mas tinha acabado de almoçar, então fiquei só na vontade).
Tudo isso num ambiente bem peculiar: no lugar estão expostas coleções de diversos objetos, como relógios, ferramentas (é uma espécie de antiquário), juntamente com móveis de diferentes estilos, um piano, enfim, só entrando para ver! O local foi feito com matéria prima reaproveitada de entulho de construção, resultando em um ambiente rústico e muito aconchegante.
Pedimos nossos sorvetes e fomos para uma área super gostosa localizada na parte de trás do estabelecimento.
Todos os sabores que provamos eram deliciosos (pois é, tomamos mais de um! rs), mas o de doce de leite foi o que mais gostei e pelo que reparei deve ser o carro-chefe!
Ficamos um pouco por ali e depois resolvemos voltar ao Lavandário para assistir ao pôr do sol.
Saímos do Lavandário já noite. Estava friozinho e na hora me lembrei daquele capeletti que vi na Fazenda Aracatu. Decidimos voltar para lá, estávamos bem perto. Chegamos e minhas lombrigas ficaram tristes, o capeletti in brodo tinha acabado! Nossa, estava com muita vontade de provar! Mas tudo bem, ficamos vendo o que mais poderíamos comer. Encontramos umas lasanhas no congelador e a atendente disse que eles esquentam para comer lá mesmo. Lasanha congelada não nos animou muito (ainda mais que só tinha recheio quatro queijos e eu não sou muito fã – marido adora), mas resolvemos provar.
Que ótimo que demos uma chance para a massa! Era muito saborosa! Eu não gosto muito de quatro queijos, pois sempre acho enjoativo, mas essa era bem suave. Uma delícia mesmo, marido também ficou surpreso.
Terminamos o jantar muito satisfeitos e comentamos com o dono sobre a lasanha. Logo ele chamou sua esposa e ficamos sabendo que é ela a autora da massa. Ela ficou muito feliz e disse que eram suas primeiras lasanhas, que nunca havia feito, já que era sua mãe quem sempre preparava.
Naquela noite, o cantor Jorge Vercillo faria um show na praça da igreja, mas estávamos cansados, então preferimos voltar e curtir um pouco a pousada, quase não paramos por lá! rs
Quando o sono chegou voltamos para o nosso quarto. Era a última noite. Já estava começando a sentir uma pontinha de saudade dos dias tão gostosos que passamos por lá.
No dia seguinte, tomamos nosso café da manhã e seguimos para uma trilha existente nos limites da propriedade da pousada, que é bem extensa por sinal. Voltamos, tomamos um banho e partimos de volta para casa. Normalmente, em viagens feitas em feriados, sempre voltamos pela manhã para evitar os congestionamentos. Preferimos “perder” o último dia a ficar parados horas e horas no trânsito, depois de ter passado dias tão tranquilos, sem stress. 🙂
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como comentei no início do post, não sabíamos praticamente nada sobre a cidade. Cunha foi uma linda e feliz surpresa para nós.
É um destino para quem busca sossego, natureza e belas paisagens, aliado à arte/cultura e comidas saborosas com ingredientes regionais.
As atrações são muitas:
- Ateliês de cerâmica (que ficam ainda mais interessantes se você puxar conversa com os artistas para saber mais como são feitas);
- Subida ao topo da Pedra Selada com aquela vista maravilhosa;
- Os lindos e perfumados campos de lavandas d’O Lavandário e Contemplário;
- Trilhas no Parque Estadual da Serra do Mar;
- E ainda tem as cachoeiras que não conseguimos conhecer, os mirantes e outros passeios que você pode consultar aqui.
A pousada:
Gostamos muito do Espaço Flor das Águas. Não passamos realmente muito tempo na pousada (saíamos logo após o café da manhã e voltávamos ao entardecer), mas foi uma estadia muito agradável. O que mais gostamos:
- As pessoas que trabalham no Espaço são muito amáveis, educadas e atenciosas;
- A estética oriental conferida pela construção feita com bambus é um show à parte;
- Cama confortável;
- Chuveiro bom e água quentinha;
- Café da manhã delicioso, em um ambiente muito tranquilo ao som de mantras. Você já começa o dia se sentindo muito bem.
- Varanda ampla com rede e banco;
- Varal de chão, importante para secar as toalhas, uma vez que a arrumação e limpeza do quarto é feita a cada duas diárias;
- Por ser amante de decoração, adorei a simplicidade e carinho em cada cantinho da pousada.
- Localização.
Durante nossa visita à Cunha, vimos diversas pousadas, de todos os tipos, gostos e estilos. Umas localizadas mais ao alto (que deve ter uma vista sensacional), outras com piscina, grandes áreas de lazer. É só escolher uma que se melhor se encaixe em seu perfil!
Sobre o trecho da estrada que liga Cunha à Paraty (Estrada-Parque Paraty-Cunha)
Dar um pulinho em Paraty-RJ a partir de Cunha pode ser muito tentador, já que a localização é bem próxima.
Porém, em nossa visita à Cunha em julho de 2015, vimos cartazes em diversos estabelecimentos orientando os turistas a não trafegarem pela estrada, uma vez que se encontra em muito más condições. A obra de pavimentação estava embargada e foram retomadas em março/2015. Fiz uma breve pesquisa agora em outubro/2015 e li que o trecho de São Paulo já foi pavimentado, porém o do Rio de Janeiro continua perigoso.
E vocês, já visitaram Cunha? Gostaram? Têm outras indicações de passeios, pousadas? Deixem nos comentários para ajudar outros viajantes! 🙂
Amiga, lindo demais!
Lugar encantador, ahh o nosso país é bonito demais né!
Lindos post’s , linda viagem!
Bjo
renovandoacasasempre.blogspot.com.br
Lindo mesmo! São tantos lugares para conhecer, né?!
Aos pouquinhos vamos caminhando por aí!
Obrigada, amiga!
Beijooo
Oi Angel,
Lindo Post .. Fotos linda dos campos de lavanda … Transmite uma paz!
É verdade, Fê! Transmitem paz mesmo, disse tudo!