Nobres/Bom Jardim – MT

Viagem realizada em novembro/2015 

Normalmente, nós não vamos para muito longe em feriados, mas neste último (Consciência Negra) decidimos ir para Mato Grosso! 🙂

Nós temos a intenção de conhecer todas as chapadas do Brasil, então começamos pela Chapada dos Guimarães, pois as passagens estavam mais baratas para lá.

Pesquisando sobre esta viagem, vi que muitas pessoas que iam à chapada aproveitavam para ir à Nobres também. Eu nunca tinha ouvido falar sobre lá, por isso acho super bacana dar uma boa pesquisada antes de viajar.

Nobres tem atrativos semelhantes à famosa Bonito, no Mato Grosso do Sul, ou seja, rios de águas cristalinas para fazer flutuação em meio aos lindos cardumes.

Como iríamos um dia antes do feriado, achei que seria legal seguir primeiro para Nobres/Bom Jardim e depois para a Chapada dos Guimarães, para pegar as atrações mais vazias.

Nosso voo saiu de Congonhas às 6h do dia 19/11 e chegamos cerca de 7h10 (horário local) no Aeroporto Internacional de Cuiabá – Marechal Rondon (Mato Grosso tem fuso horário com uma hora a menos em relação ao horário de Brasília).

Nós alugamos um carro na Thrifty, estava bem mais em conta que em outras locadoras e também tinha lido indicações de outras pessoas.

Eles fazem o serviço de transfer do aeroporto até a loja. Fizemos um pré-cadastro online antes da viagem e nesse momento perguntei se já estariam no aeroporto quando chegássemos. Disseram que sim, mas não estavam. Liguei para lá e logo chegou um funcionário (a loja fica pertinho do aeroporto).

O procedimento para a retirada do veículo foi demorado, levou cerca de 1h30, pois a internet caiu e tivemos que ficar esperando voltar para concluir o processo. Ê laiá! Mas ok, no stress! rs

Detalhe importante!

As atrações de Nobres, bem como as pousadas e agências de turismo, ficam em Bom Jardim, Nobres é a sede do município. Ou seja, não vá para Nobres, siga para Bom Jardim! rs.

De Cuiabá até Bom Jardim são cerca de 150km. Para sabermos o caminho, colocamos como referência no Google Maps a “Pousada e Agência Rota das Águas”, não nos hospedamos lá, mas sabia que ficava perto da nossa pousada.

A viagem até Bom Jardim foi super tranquila, o trajeto é asfaltado (estava em boas condições) e havia pouquíssimos carros durante o caminho. É preciso ter cuidado, pois animais cruzam a rodovia. Na metade da viagem vi um tamanduá bandeira na beira da estrada, ele ia entrar de volta no mato, mas resolveu atravessar! Como eu não estava em alta velocidade, fui reduzindo e observando ele passar. Que coisa mais linda! Para nós, paulistas, foi uma imagem meio surreal! rs. Infelizmente, na volta, vimos dois atropelados… muito triste!

Fizemos o trajeto em torno de 2h30 e chegamos em nossa pousada na hora do almoço. Bom Jardim é super simples, na verdade é uma continuação da rodovia, ou seja, a maioria das pousadas,  agências de turismo, bares e restaurantes está localizada em ambos os lados de um trecho da pista.

Escolhemos a Pousada Nossa Senhora da Guia, a qual também funciona como agência de turismo. Está localizada atrás do posto de gasolina ALE.

A maioria das atrações de Bom Jardim é feita com guia e as que não necessitam é necessário voucher. Antes da viagem já deixei os passeios agendados com a pousada.

Contatos e informações sobre a pousada:

• Whatsapp (65) 9810-8868
• Para reservar hospedagem e passeios falar com dona Sebastiana, a proprietária (65) 9612-8417 / (65) 3102-2036
• Serve café da manhã
• Passa cartão
• Tem Wi-Fi
• Vende os passeios e disponibiliza guia.

Dentre as pousadas que pesquisei, essa era a mais em conta. A diária para o casal na ocasião era R$150,00. Ficamos de 19 a 20/11 e como lá também era feriado, acho que houve um aumento no preço.

A hospedagem é simples, mas aconchegante. Tem ar condicionado, frigobar, TV e banheiro amplo. A dona Sebastiana é um amor de pessoa, ficar de prosa com ela é uma delícia, sabe aquele papo bom? Fomos muito bem acolhidos em sua pousada.

Além da diária, os preços de alguns passeios também eram um pouco mais baixos que nas outras agências.

Como não tínhamos muito tempo, fizemos somente alguns passeios:

• Flutuação no Rio Triste: R$65,00/pessoa
• Lagoa das Araras: R$15,00/pessoa
• Cachoeira Serra Azul: R$50,00/pessoa
• Aquário Encantado (sem flutuação no Rio Salobra): R$45,00/pessoa

Para ver outros passeios que pode-se fazer por lá, clique aqui.

Antes de fazer o primeiro passeio, almoçamos no restaurante WF, localizado quase em frente à pousada, do outro lado da rua.

Após o almoço, passamos no mercado Bonzao para comprar água e logo depois fomos fazer a flutuação no Rio Triste. Nosso guia foi o neto de dona Sebastiana, o Gugu, um rapaz muito simpático, educado e divertido! Os passeios com ele foram muito legais!

Percorremos cerca de 17km. Chegamos no local e havia um pequeno grupo indo embora. Depois não chegou mais ninguém, ou seja, tivemos o Rio Triste só para nós!

Ah, vale ressaltar que antes das flutuações é proibido usar filtro solar e repelente.

Nos equipamos e seguimos uma pequena trilha até o Rio Triste. Quando chegamos, a visão foi de cair o queixo!

Achei que a água estaria gelada, mas não, estava uma delícia! E a flutuação nem se fala, é só você se deixar levar pela correnteza e ir observando os cardumes e vegetação aquática.

Não é recomendado pisar no fundo do rio para não levantar areia (prejudica a visibilidade) e também devido às arraias. É permitido colocar o pé somente em pontos onde há rochas, mas durante o trajeto também há troncos para se apoiar, caso seja necessário. Os peixes mais vistos são as piraputangas, dourados e piaus.

Abaixo, um pequeno vídeo de nossa flutuação:

Nosso guia Gugu disse que nesse trecho a água não estava tão cristalina, pois havia um grupo de capivaras se banhando perto dali.

Fizemos o percurso no rio em torno de 1 hora, só não ficamos mais, pois começou a chover quase no final e aí bateu um friozinho.

O rio é tão lindo que depois fiquei pensando no porquê de seu nome. Gugu não quis falar, disse para perguntar para sua avó, dona Sebastiana, pois é muito mais gostoso ouvir ela contando. É claro que eu esqueci de questioná-la, então no dia seguinte quando estávamos indo em outro passeio ele teve que me contar… rs. A história é triste, quase um “Romeu e Julieta”.

Depois da flutuação voltamos para a pousada, tomamos banho e como já tinha parado de chover, seguimos para a Lagoa das Araras, um ponto de observação de aves. É um ótimo passeio para o final do dia, pois é nesse momento que os pássaros voltam para seus ninhos, muito lindo de se ver.

Lá não é necessário guia, Gugu fez o voucher e disse para entregarmos na loja “Celso Materiais para Construção”, localizada na mesma pista em que estão as pousadas, pertinho, mas fomos de carro, pois a Lagoa das Araras fica bem ao fundo desta propriedade. Há também por lá a Pousada Recanto das Araras, se estiver hospedado ali não é necessário pagar para visitar a Lagoa.

No local há somente alguns banquinhos e os decks para observação.

Dicas: leve repelente, vá em torno das 17h (os pássaros começam a voltar para os ninhos próximo ao pôr do sol) e fique no segundo deck, localizado mais ao fundo (seguindo reto na trilha principal, do lado direito da lagoa), onde a visualização é melhor.

Quando chegamos estava tudo silencioso, uma calmaria só. Por volta das 17h30 muitas aves começaram a chegar e aí foi aquela sinfonia rs…

Além das araras (que aparecem em menor quantidade), podem ser vistos periquitos, maritacas, curicacas, papagaios, garças… é demais vê-los chegando!

Ficamos ali curtindo o pôr do sol e mais tarde fomos jantar no restaurante Lagoa Azul. Como ainda não era feriado tudo estava bem tranquilo.

No dia seguinte, tomamos café da manhã e seguimos para a Cachoeira Serra Azul, a qual fica dentro da propriedade do SESC.

Parte do caminho é o mesmo para o Rio Triste, então se você tiver um dia inteiro disponível é uma boa conhecer a cachoeira e o rio no mesmo dia.

Para entrar na água também é necessário colete (disponível no local, assim como snorkel e máscara), pois em um ponto do poço a profundidade chega a 6 metros. Como no dia anterior havia chovido, a água estava meio turva, mas o Gugu disse que ela é bem transparente, dá para enxergar o fundo e os peixes numa boa (tem bastante piraputanga).

Ficamos um tempão só nós três lá, depois chegou um grupo grande e resolvemos ir embora, pois iríamos para a chapada naquele dia e ainda tinha o Aquário Encantado para conhecer.

Chegamos na pousada e almoçamos no Restaurante do Chapolin. Quem comanda as panelas por lá é o pai de Gugu e é comum vê-lo caracterizado, com anteninha e tudo rs. Pensa numa comidinha boa! Ele faz um pacu assado na folha de bananeira delicioso!

Depois do almoço nos despedimos de todos e seguimos para o Aquário Encantado. A princípio, iríamos somente fazer uma visitação, ou seja, só tirar fotos, sem fazer a flutuação no Aquário, mas quando chegamos lá mudei de ideia… rs.

O Aquário Encantado está localizado no Recanto Ecológico Lagoa Azul, local onde pode-se fazer também a flutuação no Rio Salobra (nós não fizemos). A permanência no Aquário é de cerca de 30 minutos somente. No Recanto Ecológico também há um restaurante.

Depois desse lugar realmente encantador, pegamos a estrada para a próxima parada: Chapada dos Guimarães! Clique aqui para ler o post sobre a chapada.

Amamos conhecer Bom Jardim, lindo demais! Vocês conhecem ou já ouviram falar de lá?