PRIMEIRO DIA
Deixamos nossas malas no hotel e fomos caminhar um pouco pelo bairro Getsemani. Depois seguimos em direção à cidade amuralhada. Já estava quase anoitecendo…
Em frente à entrada da cidade está “El Camellón de los Mártires”, também conhecida com Plaza de los Mártires. A praça foi construída em memória aos homens que lutaram pela independência de Cartagena e foram executados pelo espanhol Pablo Morillo.
No centro da praça, o monumento “Noli Me Tangere” (“Não me toques”), retrata uma mulher guerreira, levantando sua mão para a baía contra os inimigos de Cartagena.
A Torre do Relógio marca a entrada original do centro histórico. Era a única entrada dentre os 13 quilômetros de muralha que protegiam a cidade. Antigamente, havia uma ponte levadiça que servia de ingresso à cidade murada. Esta torre não existia, foi construída tempos depois.
Ao atravessar as arcadas da torre, você encontrará a Plaza de los Coches, local em que funcionava o infame mercado dos negros africanos que chegavam à cidade como escravos. Um triste marco: Cartagena foi um dos portos que mais os recebeu.
Ao redor da praça você encontrará o Portal de los Dulces, localizado sob as arcadas de um prédio, onde são vendidos muitos docinhos caseiros, como o arequipe (doce de leite), cocadas, suspiros entre outros.
Próximo a este portal existem várias casas de câmbio. Se puder, dê uma pesquisada antes de trocar dinheiro, pois a cotação pode variar entre uma casa a outra.
À esquerda da Plaza de los Coches, está a Plaza de la Aduana. Esta é a maior e mais antiga praça da cidade. Logo na entrada há uma estátua em homenagem a Cristóvão Colombo. Nos tempos coloniais, todos os edifícios governamentais e administrativos importantes se encontravam ali, incluindo o casarão onde Pedro de Heredia viveu.
Assim como a Plaza de los Coches, esta praça também foi cenário do comércio de negros africanos nos tempos coloniais.
Depois de uma breve caminhada sem rumo pelas ruelas da cidade amuralhada, já estávamos encantados com todas aquelas cores, balcões floridos, luminárias, batedores nas portas, entre outros lindos detalhes.
As ruas da cidade amuralhada são estreitinhas e planas. Algumas ainda mantêm o calçamento de pedra original. Também nos impressionou a limpeza do lugar.
As construções estão bem conservadas e muitas estavam sob reformas.
À noite, a cidade conhecida como “a joia do Caribe”, fica ainda mais charmosa e movimentada.
Cartagena é super fotogênica! A cada esquina, vários cliques!
Abaixo, a Catedral de Santa Catalina de Alejandría iluminada.
Depois de caminhar pelas ruas, a fome apertou e decidimos parar em algum lugar para jantar. Uma tarefa não muito simples devido à grande oferta. O leque de opções é fantástico. Nós ficamos bem indecisos! rs.
No final, escolhemos um restaurante italiano que nos chamou a atenção, o “Cevicheria Trattoria Donde Wippy“, localizado na Calle Santo Domingo #33-81.
O ambiente é pequeno, mas acolhedor. Provei um tagliatelle à carbonara delicioso! Todos gostaram de seus pratos, estavam bem saborosos mesmo!
SEGUNDO DIA
Após o café da manhã saímos em direção ao centro histórico novamente. Uma boa dica é aproveitar bem as manhãs, pois o calor com o passar das horas vai ficando brabo mesmo! rs
E se você for bem cedinho, tipo às 7h, encontrará a cidade amuralhada super vazia, ótimo para fotografar com calma.
Caminhamos pelas ruelas estreitas e voltamos ao passado admirando a belíssima arquitetura colonial dessa cidade tão rica em história. Durante a luz do dia o colorido fica ainda mais vivo e intenso.
Nas casas coloniais, os balcões são de madeira. Já nas casas construídas durante a República, entre 1800 e 1900, os balcões são de concreto.
Cada batedor de porta identificava a profissão dos moradores da casa: leão para militares, lagartos para nobreza, peixes para comerciantes etc. Fiz uma coleção de fotos! rs
Em meio a tantas cores e detalhes fizemos uma parada estratégica no La Paletteria (preços e sabores no site) para aliviar um pouco o calor que já estava se mostrando presente. Está localizada na Calle de Ayos #03-86.
Depois das paletas refrescantes, continuamos o passeio. A esta altura já tinha bastante gente circulando, muitos turistas, vendedores de rua com seus diversos produtos, como chapéus, colares, artesanatos, bolsas, comidas e bebidas típicas, entre outros…
Pesquisando sobre a viagem, li muitos comentários negativos a respeito dos ambulantes. Que são muito chatos, que não te deixam em paz e etc. Nós tivemos uma outra experiência. É claro que eles se aproximam para tentar te vender o produto, mas todos vinham numa boa, nós só dizíamos “no, muchas gracias” e tudo ok! Se você demonstrar algum interesse certamente eles insistirão um pouco mais, mas de toda forma foram todos simpáticos e educados. Inclusive, puxamos papo com um deles que nos perguntou de onde éramos. Quando ele ouviu “Brasil”, logo emendou com um sorrisão: “Ah, Brasil! Olha, meus produtos são mais baratos que os da 25 de Março!”. Vê se pode, é muita lábia! hahaha…
Parece que nas praias a insistência é maior e a chateação que os turistas relatam também, já que você quer ficar lá numa boa, curtindo…
Nós vimos muitos brasileiros por lá, muitos mesmo!
Pelo que eu notei, estas bolsas estavam mais caras nas lojas. Eu comprei a minha fora da cidade amuralhada, no bairro de Bocagrande, de uma vendedora de rua. Vale lembrar que lá em Cartagena dá para negociar bastante os preços, tanto nas lojas, como com os ambulantes. Se eu não me engano paguei 65.000 COP numa Wayuu grande.
Na hora do almoço paramos na Plaza Santo Domingo para comer.
Nós almoçamos no restaurante Paco’s que fica numa esquina, próximo à escultura. Resolvemos comer dentro do restaurante que, apesar de não ter ar condicionado, estava bem mais fresco que lá fora.
Por se tratar de uma cidade costeira, os peixes e frutos do mar são muito consumidos e recheiam o cardápio de diversos restaurantes.
Eu adoro experimentar pratos típicos, então pedi um peixe frito (pargo, se eu não me engano) que veio com o arroz com coco, de sabor adocicado, muito comum em Cartagena. Pedi também a famosa limonada de coco. Percebe-se que o coco é bem consumido por lá.
O prato em si não estava ruim, mas achei o peixe um pouquinho seco e o arroz com coco meio gorduroso. O suco achei muito doce (acho que tinha leite condensado). Tô parecendo a chata que não gosta de nada, né?! rs. Mas depois provei os mesmos itens em outro restaurante e gostei!
Em contrapartida, meus pais pediram um arroz tailandês e adoraram!
Depois do almoço fomos conhecer o Palácio da Inquisição, localizado na Calle de La Inquisición, em frente à Plaza de Bolívar.
MUSEO HISTÓRICO DE CARTAGENA / PALÁCIO DE LA INQUISICIÓN
Entrada: 18.000 COP (clique no site para preços atualizados) e há possibilidade de fazer visita guiada (pago à parte), se desejar.
Horários: Segundas à sábados das 9h às 18h. Domingos e feriados das 10h às 16h
Nem tudo são flores, outro fato obscuro no passado desta linda cidade. Cartagena foi sede do Tribunal do Santo Ofício, o qual condenava e torturava pessoas por heresia, bruxaria, bigamia etc., na época da inquisição.
O museu é pequeno. Na parte térrea, há algumas salas que contam um pouco deste terrível episódio da história humana (existem alguns instrumentos de tortura utilizados neste período, o que pode causar um certo mal-estar) e no andar superior encontram-se painéis, quadros e objetos da época da colonização.
Bem próximo ao Palácio da Inquisição, do outro lado da Plaza de Bolívar, há o Museu do Ouro Zenú, mas deixamos este passeio para outro dia, pois já era quase final de tarde e queríamos contemplar o famoso entardecer nas águas do Caribe.
Havia lido que um dos melhores lugares para curtir este espetáculo é o bar Café del Mar, localizado na muralha, então seguimos para lá.
No caminho passamos em frente ao também famoso Hotel Charleston Santa Teresa, luxuoso hotel 5 estrelas. À noite o jardim fica todo iluminado, um charme só!
Fomos caminhando pela muralha e parando para os inevitáveis cliques. É muito gostoso passear por lá, a vista é muito bonita, além de ser bem sossegado. Pessoas aproveitam a tranquilidade para se exercitar.
CAFÉ DEL MAR
Nós chegamos e o bar ainda estava fechado, o horário de funcionamento é das 17h às 3h. Se quiser um bom lugar para sentar, chegue próximo à abertura, pois o local começa a encher rapidamente. Ficamos somente até o sol se pôr, mas o agito continua até a madrugada, muitas vezes com música ao vivo.
Não somos grandes apreciadores de cerveja, mas queríamos experimentar a Aguila, cerveja mais popular na Colômbia, e a Club Colombia, que dizem ser mais refinada. Minha irmã pediu um Daiquiri de morango.
O Café del Mar é um lugar bem gostoso para ficar sentado conversando, bebendo algo enquanto aguarda o pôr do sol, porém as bebidas são bem salgadinhas ($$$). Só fomos um dia lá, para conhecer mesmo.
Se não quiser gastar, nada impede que você assista o sol se pondo ali ao lado na muralha… na verdade, de qualquer lugar da muralha é lindo! O Café del Mar é famoso devido ao seu local estratégico: o espetáculo ocorre bem em frente.
Esse momento me fez lembrar Fernando de Noronha, onde todos na ilha também param para apreciar o entardecer.
Depois que o sol se foi, voltamos ao hotel para tomar um banho e descansar um pouco. Mais tarde voltamos ao centro histórico para jantar. A noite em Cartagena é mais fresca, mas não foi preciso usar nenhum casaquinho que levei.
O local escolhido da noite foi o Hard Rock Cafe, localizado ao lado da Plaza de la Aduana (entrando na cidade amuralhada, siga à esquerda, fica bem próximo).
Os hambúrgueres são o carro chefe da casa, todos pediram e gostaram, mas eu não estava com tanta fome (um milagre!), então pedi um peito de frango grelhado com purê de batata, cogumelos e vegetais. Mas é claro que filei o burger do marido também… rs.
Gostamos do ambiente e atendimento. Os preços não são lá atrativos, mas valeu para conhecer.
E assim terminamos mais um dia…
Que legal amiga, e vc separar assim por dia, muito legal, dá pra imaginar toda a aventura.
Cidade linda e colorida…alegre!
Kkkk até lá falaram da rua 25 de março? Kkkk
Que aventura hein
Bjo
Pois é, achei melhor separar por dia, pois são muitas informações! rs
A cidade é linda demais, apaixonante, mesmo!
kkkkk vc viu?! Até lá a 25 é famosa… rsrs
Foi uma aventura e tanto! 😀
Beijos