Como comentei no post anterior, Cartagena tem belíssimas praias, porém as mesmas são encontradas somente nas ilhas próximas.
As vinte e sete ilhas que formam o arquipélago Islas del Rosario fazem parte do Parque Nacional Natural Corales del Rosario y de San Bernardo.
Há um conhecido passeio de um dia que pode ser feito de catamarã ou lancha para a Isla Rosario, a maior de todo o arquipélago. No pacote você pode ou visitar o Oceanário ou fazer snorkeling, seguindo depois para a Isla Barú, onde está localizada a famosa e bela Playa Blanca. Pelo fato de estar localizada na única ilha pública, a praia está sempre cheia, especialmente aos finais de semana. Uma das frequentes reclamações é a insistência dos ambulantes que não te deixam relaxar.
Além deste, outros passeios podem ser feitos, como um tour por algumas ilhas.
Nós queríamos fazer um passeio mais calmo, por conta própria e curtir a praia por mais tempo, então decidimos passar uma noite em um hotel na Isla Grande. Nós ficamos hospedados no Gente de Mar Resort.
Como nós decidimos dormir na ilha somente depois de já ter fechado as diárias no Hotel San Felipe (pegamos uma promoção do Booking, cujo cancelamento não era gratuito), o jeito foi “perder” uma diária mesmo. Mas até que foi bom, pois deixamos as enormes malas no quarto do hotel e levamos apenas mochilas para a ilha.
Pela manhã cedinho, seguimos à pé para o Muelle La Bodeguita, píer localizado próximo à Torre del Reloj, de onde sai a maioria das lanchas e catamarãs para os passeios nas ilhas. Os passeios podem ser comprados ali mesmo no píer. Geralmente, as saídas são sempre às 08h00 e a chegada às 17h00.
Ali no píer, tivemos que mostrar nossas reservas no Gente de Mar Resort e pagamos as duas taxas obrigatórias: a taxa do Muelle Turístico (7.000 COP) e a referente ao Parque Nacional Natural Corales del Rosario y de San Bernardo (7.500 COP).
O Gente de Mar Resort envia uma lancha para pegar os hóspedes (transfer gratuito) e as pessoas que passarão o dia por lá (o “day use” inclui almoço com retorno às 15h).
Nós chegamos bem cedo no píer, pois tinha lido que o local não era lá muito organizado e nós não queríamos perder o barco. Cuidado: perder o barco significa ter que pagar um barco particular, o que é muito caro. O barco dos hotéis só retornam ao píer por volta das 16h.
Entramos logo que abriram o portão da doca e fomos em direção ao local que nos informaram. Logo chegou uma moça representante do hotel, ela pediu para ver nossas reservas e efetuamos o pagamento das diárias ali mesmo com ela.
Próximo das 8h, 8h30, começou a chegar muita gente! E ficou aquela bagunça, muita gente não sabia para onde ia, gente gritando pra lá e pra cá, uma confusão mesmo.
Por volta das 9h nossa lancha chegou. Nos acomodamos, colocamos os coletes salva-vidas e pouco tempo depois já estávamos indo em direção à Isla Grande.
Sentamos do lado esquerdo e depois que nos afastamos da costa não tinha muitas coisas para ver, a vista na ida é melhor do lado direito. O trajeto foi super tranquilo, deu até para tirar um cochilo… rs.
Após cerca de 45 minutos chegamos. Todos nós já estávamos suspirando com a beleza do lugar, que espetáculo!
Fomos recebidos alegremente com sucos refrescantes e logo a gerente do hotel, Verônica, veio falar conosco. O pessoal que iria passar o dia já estava indo em direção à praia. Somente nós e mais uma família ficamos na recepção para fazer o check-in.
Como os quartos seriam liberados somente às 13h, deixamos nossas bolsas e mochilas na recepção. Para facilitar a “logística”, vá com roupa de banho por baixo da roupa. Mas há vestiários também, se precisar.
Pedi uma porção de fritas (papas fritas) no quiosque-bar (8.000 COP) e partimos para o mar…
A água é quentinha, cristalina, quase sem onda e com diversos tons de azul impressionantes… o lugar é show mesmo!
Há várias espreguiçadeiras espalhadas e o hotel distribui toalhas para todos. Ali não há ambulantes, somente alguns vendedores de artesanato que ficam com sua banquinha sob as árvores, mas não ficam oferecendo. Enfim, é um ótimo lugar para relaxar!
Uma dica: leve algum calçado para entrar na água, pois há muitos fragmentos de corais que podem machucar os pés. Marido e eu compramos, na loja Decathlon, sapatilhas de neoprene com sola de borracha (as quais usamos muito na viagem seguinte que fizemos para Minas Gerais, farei post sobre), meu pai foi de Crocs, minha mãe de papete e minha irmã foi de tênis mesmo… rs.
Depois de curtir aquela vibe boa, chamaram todos para o almoço. As refeições são servidas num espaço aberto, com mesas sob as árvores, muito gostoso!
Na Colômbia é comum tomar uma sopa ralinha e leve antes do prato principal. Estava bem calor, mas como gosto de experimentar tudo, peguei e não me arrependi. Uma delícia!
Para o almoço havia salada, arroz com coco, peito de frango grelhado ou peixe frito (45.000 COP) e patacón (banana verde frita, lembra mandioca frita). Marido que não curte muito carne, pediu massa, que veio no capricho, com molho feito na hora! A comida do hotel é muito saborosa, nós adoramos!
Depois do almoço, ficamos largados nas redes localizadas próximas dali, propositalmente, creio eu… rs.
O quarto atrasou para ser liberado, foi possível entrar somente às 15h (já tinham levado as mochilas para lá) . Nossas acomodações ficavam no andar superior e possuíam ventilador e ar condicionado (funcionavam bem).
Quando fizemos a reserva pelo Booking.com não havia disponibilidade de quarto triplo. Então o jeito foi pegar 3 quartos duplos.
O banheiro foi algo engraçado. Se não tivéssemos visto fotos no site, levaríamos um sustinho… rs.
A vista do nosso quarto era lindíssima, porém, há um corredor em frente à janela. Ou seja, se você deixar a janela aberta, todos verão sua bagunça… rs.
As diárias neste hotel não são baratas. Levando-se isso em conta, os quartos deixam um pouco a desejar. A torneira da pia estava “bamba” e não saía muita água do chuveiro (não há água quente, assim como em vários outros hotéis). A disposição do banheiro não foi um fator super negativo para nós, achamos curioso rs, mas se houvesse mais privacidade seria ótimo! Em compensação, a cama era muito confortável, o quarto estava bem limpo e o Wi-Fi funcionou em todas as áreas do hotel.
Se os quartos não são lá aquelas mil maravilhas, a estrutura, a proximidade às belas praias, a comida e a tranquilidade do hotel compensam. Além disso, os funcionários são muito educados, solícitos e gentis, fazem o possível para agradar os hóspedes.
Às 15h, o pessoal que foi passar o dia na ilha começava a embarcar na lancha para voltar ao continente. Aí ficou aquela paz total. A praia era praticamente nossa, só havia mais alguns hóspedes.
Outras atividades (pagas) que podem ser feitas na ilha: Stand Up Paddle, mergulho com cilindro e snorkeling, além de massagem.
Só saímos da água no final da tarde, quando nos lembramos do pôr do sol. A gerente do hotel tinha nos indicado um local bonito para ver o entardecer e lá fomos nós!
Nós caminhamos até um local que parecia ser uma extensão do hotel, havia alguns bangalôs, espreguiçadeiras e redes, restaurante, mas o mais estranho é que não havia ninguém, parecia uma “cidade deserta”… pesquisando para fazer este post, descobri que esta área pertence ao Hotel San Pedro de Majagua! rs.
Continuamos em frente até que chegamos num píer. Realmente, a vista de lá era de tirar o fôlego!
Durante a tarde, a gerente tinha perguntado o que gostaríamos de jantar. No cardápio havia lagosta e, como nunca tinha provado, resolvi pedir. Marido pediu massa com legumes salteados.
O jantar foi servido por volta das 19h30 no mesmo local em que almoçamos. Estava tudo iluminado, muito lindo! Só havia mais uma família jantando, além de nós.
Após o jantar, nós ainda fomos à um local da ilha para nadar com os fitoplânctons e poder ver sua incrível bioluminescência. Tinha lido que seria possível ver esta reação em que a água fica prateada/fluorescente, em noites nubladas, sem lua, pois quanto mais escuro, melhor. Infelizmente, a noite estava clara, mas mesmo assim decidimos ir. Quem nos acompanhou foi o simpático Santiago, funcionário do hotel.
O local, chamado de Laguna Encantada, fica no outro hotel vizinho, o Cocoliso Resort. Fomos caminhando até lá com lanternas e durante o trajeto conversamos bastante com Santiago.
Alguns hotéis das ilhas não possuem praias, isto é, faixa de areia. É o caso do Cocoliso. Por isso, é necessário pesquisar bem antes de fechar passeios ou diárias. Nós escolhemos o Gente de Mar por ter duas praias, as quais dizem ser uma das melhores.
Para compensar a falta de praia, Cocoliso conta com uma área de lazer bem legal, tem uma piscina enorme, além de ser um hotel muito bonito também.
Chegamos na Laguna Encantada e realmente… não dava para ver nada. Mexemos na água e nem uma “luzinha” sequer. Próximo à beira do lago, havia uma espécie de container em que o povo entrava e conseguia enxergar a bioluminescência, pois era totalmente escuro. Ninguém de nós teve coragem de entrar, não dava para enxergar direito o que e como era essa estrutura e não sabíamos se daria pé, então resolvemos voltar para nosso hotel.
À noite venta bastante por lá. Meu marido falou que o vendaval estava fazendo um barulhão de madrugada, mas eu não ouvi nada, simplesmente capotei até o dia seguinte.
O café da manhã estava incluso na diária. Primeiro serviram frutas e depois pães, ovos mexidos, empanadas e café/leite e suco.
Ainda era bem cedo, então depois do café fomos caminhar pela praia e arredores…
No hotel há vários bichinhos que ficam soltos, tem pavões, gatinhos, cachorros e até macaquinhos.
Mais tarde entramos no mar e logo chegou um rapaz perguntando se nós queríamos fazer mergulho com snorkel em um local que havia muitos peixes e corais. Inicialmente, o preço era 30.000 COP/pessoa, mas aí fiquei pechinchando e ele baixou para 20.000 COP. Meu pai quis ficar na praia, então fomos só nós quatro.
Pegamos nossas máscaras e snorkel, subimos no barco e lá fomos nós. Passamos por algumas ilhotas, que de tão pequenas só cabia uma casa.
Chegamos no local e já havia outros barcos com turistas por lá. Pulamos na água e já foi possível ver os corais e peixinhos coloridos.
Ficamos quase uma hora mergulhando, estávamos muito cansados, pois somente em poucos lugares dava pé e o mar estava um pouco agitado. Foi muito legal, minha mãe adorou! Ela nunca havia mergulhado com peixinhos coloridos e corais, ficou encantada.
Voltamos à praia, ficamos na água mais um pouco e depois subimos ao quarto para tomar banho e arrumar as coisas, já que tínhamos que entregar o quarto às 12h.
Na hora do almoço, decidi pedir macarronada depois dos elogios do marido. Era deliciosa mesmo! Meu pai pediu peixe frito (mojarra) e minha mãe um arroz com camarões. Adoraram os pratos também.
Depois do almoço ficamos “lagartixando” nas espreguiçadeiras, curtindo os últimos momentos daquele paraíso.
Dica: na hora de ir embora (15h), a gerente nos falou para sentarmos no lado direito da lancha para pegar menos sol e nos molhar menos. Sim, ao contrário da calmaria da manhã, à tarde o mar fica mais agitado e a cada ondinha a lancha “pula” e vem água pra cima de você. Nós já tínhamos lido sobre isso, então deixamos nossos eletrônicos bem protegidos na bolsa.
Como nessa família só tem doido, resolvemos voltar com emoção, ou seja, sentamos no lado esquerdo, pois a vista é mais interessante.
E como previsto, a volta foi de muita risada e água na cara. Algumas batidas da lancha nas ondas foram tão fortes que eu literalmente pulei, saí do banco mesmo, tem que segurar firme.
Chegamos encharcados, mas a caminhada sob o sol até o hotel fez nossas roupas secarem. Li alguns relatos que taxistas não quiseram fazer a corrida porque o pessoal estava muito ensopado.
Nós descansamos um pouco no hotel e saímos à noite para jantar. Como de costume, fomos para a cidade amuralhada.
Resolvemos entrar num restaurante italiano chamado Da Danni’s (Calle del Santisimo #8-01). A fachada não chama tanto a atenção, mas a comida é muito gostosa!
Antes da viagem eu estava meio receosa no quesito alimentação, pois meu marido não curte muito carnes em geral, nem peixes e frutos do mar, estes muito presentes na culinária de Cartagena. Até havia pesquisado um restaurante vegetariano (Girasoles), mas as opções gastronômicas são tão variadas que não houve problema. Ainda bem que ele gosta de massa… rs.
Enquanto estavam na barreira de corais o barco não ficava por lá para quem não quisesse ficar nadando o tempo todo?
Olá, Alecio. O barco ficava por lá, se alguém quisesse subir, poderia sim.
Olá, tudo bem?! Adorei seu relato! Estava com dúvidas sobre qual ilha eu iria e se valeria a pena passar a noite, e vc me ajudou a decidir! 🙂 Reservei uma diária no Gente del Mar no Booking, aí eu li aqui q o transfer é gratuito. Porém no site não consta essa informação. Como vcs fizeram com a questão do transporte? Tenho q ligar no hotel e combinar diretamente com eles? Obrigada e parabéns pelo blog!!!
Olá, Adna!
Que bom que curtiu o relato!
Eu tinha lido no site deles mesmo (www.gentedemar.co) que o transfer era gratuito. Nós não entramos em contato com eles, apenas nos dirigimos ao Muelle La Bodeguita no dia e lá encontramos a representante do hotel (é necessário mostrar o comprovante da reserva para ela e na entrada do píer também).
Ah, como comentei no post, nosso quarto foi liberado somente às 15h (tinha lido sobre isso em outros lugares), então já fomos com roupa de banho por baixo e deixamos uma bolsa de praia pronta para facilitar e não precisar ficar tirando tudo da mala lá na recepção rs.
Obrigada e uma ótima viagem!!! 🙂
Que ótimo! No Booking estava falando que teria que pagar o transporte à parte. Vou dar uma olhada lá no site deles então. Estou ansiosa pela minha viagem! Rsrs. Muito obrigada pelas dicas!!! 😊😘
Eita, se no Booking está falando que precisa pagar à parte, é melhor entrar em contato com o hotel para confirmar então, para não levar nenhum susto, né?
Amiga, que mar é esse?!
Que lindoooo.
Interessante o banheiro do hotel rsrs
Agora a comida, acho que vcs passarem bem, digo em rela2à minha viagem pra Israel kkkk.
Demais!
Bjo
Ahhh aquele lugar é um paraíso… não íamos dormir lá, foi ótimo, pois conseguimos aproveitar mais.
Nossa, a comida foi tudo de bom! rs
Então vc não curtiu a culinária de lá? hehe
Beijos