Este é o último post sobre nosso roteiro em Cartagena. Já me deu saudades dessa viagem!
Chegamos cedo na cidade amuralhada e o Museu do Ouro ainda não estava aberto. Ficamos aguardando ali na Plaza de Bolívar. A praça estava vazia aquela hora, mas um pouco mais tarde já começa a encher. Vê-se mais o povo local e vendedores por ali. Por vezes há apresentações de danças típicas africanas.
MUSEO DEL ORO ZENÚ
O museu está localizado numa rua em torno da Plaza de Bolívar.
Horários: Terças à sábados das 9h às 17h. Domingos e feriados das 10h às 15h.
Segunda-feira não abre!
Entrada: gratuita!
Apesar de pequeno, apresenta uma coleção fascinante de ouro e cerâmica da cultura Zenú, povo indígena que habitou a região dos departamentos atuais de Bolívar, Córdoba, Sucre e norte da Antioquia antes da conquista espanhola. Pode-se observar peças ricas em detalhes do período pré-colombiano.
A cultura Zenú é conhecida pela construção de grandes obras hidráulicas e pela fabricação de ornamentos de ouro. Muito deste ouro foi saqueado pelos conquistadores espanhóis.
O povo zenú utilizava ligas com um elevado teor de ouro. Seus ornamentos eram feitos com fios finíssimos e pequeninas bolas, compondo um desenho. Esta técnica é denominada filigrana.
Saímos do museu e resolvemos entrar em um dos “museus da esmeralda” que havia ao redor da Plaza de Bolívar. O museu na verdade era uma pequena loja.
Fomos em outro, chamado Joyeria Caribe Museo de la Esmeralda. O local em si também é uma joalheria, como o próprio nome diz, mas a atendente te leva a um setor com muitas maquetes e vai explicando como é feito o processo de extração das pedras nas minas, como processam e os tipos de esmeraldas etc. Ela nos disse que o Brasil ganha em quantidade de esmeraldas, há muito mais que na Colômbia, porém as pedras colombianas são de qualidade superior. Foi muito interessante toda a explicação.
Depois você pode apreciar as diversas peças da loja contendo a linda pedra esverdeada. Os preços das esmeraldas são atrativos na Colômbia e a loja oferece certificado de garantia. Eu não comprei nada, só desejei… rs.
Depois da loja de esmeraldas, seguimos para o Santuário de San Pedro Claver que está localizado na praça de mesmo nome.
Ali na praça há esculturas feitas de sucata pelo artista Edgardo Carmona, as quais representam situações do cotidiano da população.
A igreja só abre nos horários de missa (conseguimos entrar em um dia bem cedo, demos sorte), mas se você for ao Santuário localizado ao lado, será possível ver o interior da igreja do alto (andar superior).
São Pedro Claver, “o escravo dos escravos”, foi um jesuíta espanhol missionário na Espanha que dedicou sua vida aos escravos. Chegou em Cartagena no ano de 1610.
A cidade veio a se tornar, ao longo do período colonial, um dos maiores centros deste cruel comércio. Estima-se chegavam à cidade cerca de 10.000 negros africanos, anualmente.
San Pedro Claver, durante quarenta anos, cuidou dos escravos dando-lhes alimento, remédios, vestimentas, além de lhes dar esperança com suas palavras de fé. Por esse motivo, os escravos o estimavam e o respeitavam como um bondoso pai.
SANTUÁRIO DE SAN PEDRO CLAVER
Entrada: 11.000 COP (preço de março/2016)
Horários: Segunda à sexta das 8h às 17:30h. Sábados e Domingos das 8h às 16h30.
O santuário é um monumental edifício de três andares. As salas expõem arte religiosa e cerâmica pré-colombianas, além de uma seção dedicada a peças contemporâneas afro-caribenhas, lindas pinturas haitianas e máscaras africanas.
A visita ao local onde viveu São Pedro Claver tem início pelo antigo claustro colonial pertencente à ordem dos jesuítas. O jardim é lindo e nele se encontra o poço em que Claver batizava os escravos.
Você pode visitar os aposentos do convento onde San Pedro Claver viveu e morreu, como também subir uma escada estreita em direção ao coro da igreja adjacente. Neste local é possível ver o grande órgão e um bonito vitral, além visualizar o interior da igreja.
Mesmo que você não goste de museus, acredito que seja bacana a visita para poder ver de perto as belas construções coloniais e seus detalhes.
Na hora do almoço fomos conhecer o Crepes & Waffles, muito recomendado pelos viajantes. Nós passamos em frente ao restaurante algumas vezes à noite e sempre havia fila para entrar. Acabei de acessar o site e vi que há esse restaurante em dois shoppings de São Paulo (site brasileiro)… rs.
O restaurante estava bem cheio. Demos sorte, só havia uma mesa vazia! No menu havia tantas opções que foi difícil fazer o pedido. Acabei optando por crepe de bolonhesa com queijo e molho de champignon e marido pediu um chamado “Caprino” (champignons levemente refogados, tomate seco, tomate fresco, molho pesto e muçarela de búfala). Estavam simplesmente deliciosos! Super aprovado.
Vimos o cardápio das sobremesas e não teve como fugir da tentação! Fui de “Alaska” e marido foi de tiramisú.
Na parte da tarde ficamos perambulando mais um pouco. Os olhos não se cansam de admirar a beleza desta cidade. Não tenho certeza, mas acho que andamos por tudo… rs.
À noite ficamos indecisos sobre qual restaurante escolher. Passamos por algumas praças, várias ruas e, no final, acabamos indo ao La Brioche novamente.
Entramos no restaurante e os atendentes lembraram de nós. Desta vez meu marido pediu massa e eu fui de sanduíche. Estavam muito gostosos!
No dia seguinte, saímos cedo do hotel em direção ao aeroporto Rafael Núñez. O simpático recepcionista do hotel viu que já estávamos indo embora e gentilmente já ligou para um táxi que coubesse nós cinco.
No caminho ao aeroporto passamos em frente ao monumento à Índia Catalina, uma homenagem aos índios caribenhos que habitavam a terra antes da chegada dos espanhóis.
A índia Catalina foi sequestrada quando tinha apenas 14 anos pelo conquistador espanhol Alonso de Ojeda e levada à Santo Domingo, onde foi educada com os costumes espanhóis, aprendendo a falar perfeitamente o castelhano. Anos mais tarde, Pedro de Heredia a levou à Cartagena como sua intérprete.
E assim foi nossa viagem! Depois de tantos dias nessa cidade, só tenho a dizer:
Nossa amiga, cidade linda mesmo! E uma história linda!
Imagino a saudade, e não tem como ser diferente né.
Amei conhecer através de vc!
Amigaa…tu é boa em guardar detalhes hein…e melhor ainda em contar pra gente…adoroooo
Olha…eu tb te agradeço por compartilhar essa viagem tão linda!
Bjo
Oi amiga, fico mto feliz que tenha gostado! É uma cidade muito linda mesmo e cheia de história. E o melhor de tudo é que dá para combinar os passeios na cidade com mergulhos no incrível Mar do Caribe! 😀
Haha pior que não sou mto boa em guardar detalhes, não viu… rs, mas as fotos me ajudam mto a recordar!
Obrigada por acompanhar!
Beijooo