Viagem realizada em abril/2014
Japão! Uma das viagens mais surpreendentes que já fizemos.
Fomos marido e eu na temporada das cerejeiras (sakuras, em japonês), uma época muito aguardada pela população e visitantes.
Confesso que o Japão não encabeçava nossa interminável lista de lugares a conhecer. Tudo teve início quando comecei a ajudar meus pais a planejar o roteiro deles para lá (eles foram em julho de 2013). Não foi difícil me apaixonar com tantas paisagens maravilhosas e relatos super positivos.
É engraçado, eu sou descendente de japoneses (sansei), mas até então nunca tinha olhado para a Terra do Sol Nascente com “outros olhos”. Tenho muitos parentes que foram à trabalho para lá, desde criança ouço falar sobre isso, acho que em minha mente ficou essa imagem de Japão = trabalho. Claro que é isso mesmo, trabalho intenso diga-se de passagem, mas o país vai muito além…
Deve ser por esse mesmo motivo que bastante gente ficou surpresa com nosso destino de viagem: “Japão? Mas por que o Japão?”.
E não pensem que por eu ser descendente me senti mais segura ou tranquila ao embarcar a um país tão diferente de nossa cultura. Como dizem, sou uma “japa paraguaia”, claro que muito dos costumes e cultura estão presentes em minha vida, mas não sei falar japonês (sei pouquíssimas palavras – e não me orgulho disso), então este fato já foi o suficiente para fazer o coração acelerar ao pensar na viagem.
Já adianto. Se isso for um fator que exclua o Japão de sua lista, fique tranquilo. Dá para se virar muito bem por lá com o inglês. Ok, nem todos falam e, às vezes quando falam, o sotaque é bem carregado – quase um “japanglês” rs. Eles têm o costume de colocar a vogal “o” no final de algumas palavras. Um exemplo que você provavelmente ouvirá muito por lá: “tickêto” (ticket), com entonação no “e”. Mesmo que não falem nada de inglês, o povo é muito solícito, estão sempre prontos a ajudar da melhor forma possível.
Outro fator que favorece o turismo no país: lá tudo é muito bem sinalizado e voltado ao visitante. Em várias linhas de metrô/trem/ônibus os alto faltantes dão informações em japonês, inglês e chinês. Foram poucas as estações em que os letreiros estavam somente escritos em japonês. O transporte funciona e é incrivelmente pontual, tanto que muitas vezes nos baseávamos pelo horário para saber qual trem deveríamos pegar.
E quanto à comida? Meu marido, que não é descendente, estava um pouco preocupado com relação a isso. Ele não come carnes em geral, somente carne de porco e olhe lá, mas conseguimos encontrar muitas opções para ele. Aliás, passei algumas situações engraçadas tentando descobrir se tinha carne em determinados pratos… rs.
Se você deseja ir na época das cerejeiras, fique atento às datas. A floração normalmente ocorre entre o final do mês de março e início do mês de abril, mas pode começar um pouco antes ou depois, dependendo de como estiver o clima. Clique aqui para ver as datas em que ocorreu a floração e seu término nos últimos anos.
É um espetáculo de curta duração (menos de duas semanas), se possível, adapte seu roteiro para poder ver as sakuras em cidades diferentes. O chamado full bloom, que é a “floração total”, ocorre cerca de 4 dias após o início do desabrochar das flores. Os galhos ficam lotados de sakuras. É lindo demais!
Veja aqui os melhores locais para curtir as cerejeiras em Kyoto. Este link agrupa os lugares que possuem espécies de sakuras que florescem um pouquinho mais tarde, caso você não chegue na cidade durante os dias de floração.
Em Tokyo, os melhores locais para apreciar são estes. E aqui estão outros lugares para visitar caso tenha perdido a floração nesta cidade.
Muitos parques e templos costumam ficar abertos até à noite nesta época e fazem iluminações especiais.
O Japão também recebe muitas visitas no outono, quando as folhas das milhares de árvores Momiji (chamada Ácer no Brasil e Maple Tree no Canadá) ganham coloração vermelhas e amareladas. Outro espetáculo!
Bem, isso depende dos lugares que você deseja conhecer. O Japão é pequeno, mas oferece muitos atrativos.
Nós chegamos dia 1º de abril e fomos embora no dia 16. Conhecemos bastante coisa, mas queríamos ter ficado mais. A ideia inicial era ficar pelo menos 20 dias, mas havia passagens muito mais baratas nesses dias, não deu para deixar passar a oportunidade de pagar menos… rs.
Nós voamos com a Qatar que faz parada em Doha. Na época nós não tínhamos muito tempo para pesquisar melhores preços de passagens e ir atrás do visto, então fizemos esta parte com a Shirley, da agência AeroTour, assim como meus pais também fizeram. Ela é ótima, muito prestativa e gentil.
O visto foi tranquilo, levamos os documentos necessários para ela e em dois dias já estava pronto.
Também contratamos o seguro viagem e compramos o Japan Rail Pass (JR Pass) com ela, optamos pelo passe de 7 dias que deu certo com nosso roteiro e achamos que valeu super a pena, pois pegaríamos bastante trens da linha JR.
O JR Pass é um passe de trem criado especificamente para viajantes estrangeiros que pretendam visitar o Japão. Ele dá acesso a todos os trens da operadora Japan Railways (JR) em todo o Japão, exceto alguns trens-bala (Shinkansen) como o “Nozomi” ou o “Mizuho”, durante um período de 7, 14 ou 21 dias.
O passe (na verdade é uma Exchange Order/voucher) deve ser comprado antes de chegar ao Japão. Para saber onde comprar o JR Pass, clique aqui, você verá uma lista das agências autorizadas.
Você receberá então a Exchange Order e deverá trocá-la pelo passe em um balcão da empresa JR, presente nas estações principais e aeroportos. Neste processo, você deverá escolher a data de início de utilização do seu passe, que poderá ser no máximo até 30 dias depois da sua ida ao balcão. Uma vez validado, seu passe poderá ser utilizado a partir dessa “data de início de utilização” pelo número de dias consecutivos em que ele estiver em vigor.
Veja mais sobre o JR Pass aqui.
Nós escolhemos como base Kyoto e Tokyo e a partir delas fizemos passeios para outras regiões (bate-volta). Bastante gente também fica hospedado em Osaka ao invés de Kyoto. Nós reservamos os dois hotéis pelo Booking.com. É interessante escolher hospedagens próximo às estações principais, pois de lá partem ônibus, trens e metros para todo canto.
Em Kyoto, ficamos no Toyoko Inn Kyoto Gojo-Karasuma, localizado a 15 minutos a pé da Estação JR Kyoto. Esse hotel era o mais próximo da estação e com preço acessível para nós. O hotel é bem simples e o quarto é pequeno, mas nós gostamos. Muitos quartos no Japão são pequenos mesmo.
Ao lado do hotel havia um konbini (loja de conveniência 24h) da FamilyMart, nós adoramos! Era super prático, passávamos quando saíamos de manhã para comprar lanches para comer durante o dia e à noite, na volta dos passeios, comprávamos o jantar.
O café da manhã era gratuito, nós adoramos isso também. A área de refeição abria às 7h, e um pouco antes as pessoas já começavam a formar fila, pois não havia muitas mesas. No primeiro dia descemos às 7h30 e tivemos que ficar esperando vagar uma mesa.
Em Tokyo, ficamos no IBIS Tokyo Shinjuku, super bem localizado, ficava cerca de 6 minutos da estação de Shinjuku. O quarto era um pouco maior que o de Kyoto, mas o banheiro era do mesmo tamanho. Não tinha café da manhã incluso na diária, mas o hotel oferece este serviço em seu restaurante.
O edifício fica sobre um McDonald’s que funciona 24h e ao lado há um kombini (loja de conveniência), 24h também.
Se você deseja experimentar uma hospedaria típica japonesa, procure por ryokans. Lá você dormirá em futons dispostos no tatami, vestirá yukata e talvez provará pratos tradicionais. Eles costumam ser mais caros, porém deve ser uma ótima experiência.
OBS.: Em meados de julho/agosto de 2013 já comecei a pesquisar hotéis para nossa estadia em abril/2014. Fiquei assustada, pois a maioria das hospedagens próximo às estações de trem/metrô já tinha sido reservada. A florada das cerejeiras é uma época super visitada, então é aconselhável iniciar as pesquisas beeeem antes para garantir um bom custo/benefício.
– Clima –
Como fomos no início da primavera, ainda estava meio friozinho. A temperatura nesta estação varia de acordo com a região, mas gira em torno de 16° a 20 ℃. De manhã cedinho e à noite o uso de casacos quentes é indispensável, mas durante o dia, ainda mais com as andanças, o sol esquentava o corpo e até tirávamos as blusas. Pegamos uma chuvinha fina em dois dias apenas.
– WiFi móvel –
Nós alugamos um modem portátil que garantiu o sucesso de nossa viagem. Como nosso roteiro era bem corrido, ter GPS e poder pesquisar coisas a qualquer momento foi essencial. Nos poupou tempo e assim conseguimos encontrar e visitar tudo o que planejamos.
Alugamos o modem aqui do Brasil mesmo, cerca de um mês antes da viagem. A empresa chama-se Global Advanced Communications e o processo foi super fácil.
Você preenche um formulário informando a velocidade da internet que deseja, o período que pretende utilizar o aparelho, o endereço do local e o dia que deseja recebê-lo, pois eles enviam o modem para onde você quiser (hotel, escritório, casa ou aeroporto), olha que prático!
Depois que você faz o cadastro, eles te enviam um e-mail com informações sobre o pagamento.
Nós alugamos o “pacote” Standard WiFi (75Mbps) e mais uma bateria extra, já que ficaríamos o dia todo fora. Funcionou perfeitamente, internet rapidíssima. Se eu não me engano, era possível conectar até 5 aparelhos, dentre celulares, tablet e laptop.
Pedi que enviassem ao hotel de Kyoto em nosso primeiro dia de estadia. Assim que fizemos o check-in no hotel, perguntei à recepcionista se tinha chegado um pacote para nós e lá estava ele.
Para devolver também é muito fácil. Junto ao modem, eles enviam um envelope com uma etiqueta que contém o endereço deles. Aí é só colocar tudo dentro e depositar o envelope em alguma caixa de correio. Nós utilizamos até o último minuto, verifiquei previamente se havia caixa de correio no aeroporto de Narita (Tokyo), e assim tivemos internet até a hora do embarque. Super prático! Adoramos!
– Tomadas –
A voltagem é 100V e a frequência varia em algumas cidades entre 50Hz e 60Hz. A tomada (konsento, em japonês) é aquela com dois pinos chatos. Alguns hotéis providenciam adaptadores (konsento adapter), mas é bom levar o seu. Nós levamos benjamin (T) também e foi ótimo, pois havia poucas tomadas nos hotéis.
– Algumas curiosidades e costumes –
– Em muitos templos em que é permitido conhecer seu interior, é necessário retirar os calçados antes de entrar. Geralmente há um local específico para guardá-los.
– Templo budista ou santuário xintoísta? No Japão, as religiões predominantes são o budismo e xintoísmo e cada uma delas tem seu local de oração sagrado. Uma forma de diferenciar os templos dos santuários:
- os santuários xintoístas são facilmente reconhecidos pelos famosos torii, aqueles portões/portais geralmente vermelhos. Seus nomes vêm acompanhados da palavra “Jinja” ou “Jingu” (ex. Heian Jingu). Se o santuário tiver ligação com a Família Imperial Japonesa, o nome é acompanhado por Jingu, ao invés de Jinja.
- já os templos budistas têm “-dera” ou “-ji” no nome (ex. Kinkaku-ji) e um edifício característico destes locais é a pagoda ou pagode, um tipo de torre que pode ter alguns andares, todos com telhadinhos. Os bonitos portões de entrada também indicam a presença de um templo no local.
Os santuários xintoístas cultuam vários deuses, ao passo que os templos budista estão centrados em torno do Buda ou Hotokesama, como também é chamado.
– Em muitos templos podemos ver o Manji, símbolo da suástica budista e isso pode assustar algumas pessoas, já que a suástica nazista é muito parecida. É um dos símbolos religiosos mais antigos que existem e é reconhecido em diversas culturas e religiões em todo o mundo, como no hinduísmo, taoísmo, jainísmo, entre outras. O símbolo Manji, quando virado para a esquerda, representa amor e misericórdia e quando virado para a direita, representa força e inteligência.
– Na maioria dos estabelecimentos comerciais, há uma bandejinha para você colocar o pagamento. Os atendentes costumam contar o troco na sua frente e o entregam diretamente em suas mãos. Tudo o que eles recebem e entregam, o fazem com as duas mãos.
– Você ouvirá muito a expressão “irashaimase”, usada para recepcionar clientes nas lojas do Japão. Se entrar 10 pessoas seguidas na loja, eles falarão para cada uma. Ela significa “seja bem-vindo” e li que não é necessário responder. Mas a gente sempre abaixava a cabeça como quem diz obrigado… rs. Fazíamos isso sem perceber.
– Provavelmente você verá algumas pessoas usando máscaras descartáveis nas ruas. Os japoneses têm o costume de utilizá-las quando estão doentes para não transmitir aos outros. O pensamento coletivo lá é bem forte e evidente em muitas situações. Uma vez estávamos passando em uma calçada e havia alguns fios elétricos atravessando a mesma. Havia uma espécie de rampa para que ninguém pisasse/tropeçasse e placas indicando o obstáculo, mas o que mais nos impressionou foi que havia um funcionário próximo do local com megafone alertando os pedestres.
– Vimos muito nas ruas de Kyoto, principalmente: se o farol para pedestres estiver fechado e mesmo que não esteja passando nenhum carro, eles não atravessam, ficam aguardando o farol para pedestres abrir. Geralmente, nós fazíamos igual, mas às vezes esquecíamos e atravessávamos, aí os que estavam esperando também atravessavam conosco rapidinho… rs. Que má influência a nossa.
– Praticamente em cada esquina, seja na cidade, no interior, no alto do morro, num beco estreito, no corredor do hotel etc., há uma máquina de bebidas. Tem água, sucos, chás, cafés (sim, tem bebida quente também, em latas), refrigerantes. Uma maravilha, super mão na roda, né?!
– O comércio costuma abrir e fechar tarde, geralmente funciona das 10:00 às 20:00 ou das 11:00 às 21:00.
– Se você estiver em algum parque, por exemplo, e começar a ouvir uma musiquinha, se apresse, pois isso indica que o local fechará dentro de instantes.
– Em alguns restaurantes/lanchonetes há “máquinas que vendem comida”. Ficam logo na entrada e no painel há vários botões, cada um é referente a um prato (geralmente tem fotinho ao lado do nome). Você escolhe o que quer comer, aperta o botão, faz o pagamento na máquina mesmo e ela emite um ticket. Aí é só entregá-lo ao atendente.
– Se você alguma vez você fizer alguma pergunta a um japonês e ele te responder com os braços cruzados, saiba que esse gesto significa resposta negativa. Uma vez perguntamos a um funcionário de uma estação de trem se o JR Pass era permitido ali. Ele não falava inglês, mas entendeu a pergunta e respondeu “Dame” e fez assim:
A palavra “Dame” tem vários significados, depende do contexto, mas geralmente se trata também de uma resposta negativa. No caso, ele quis dizer que o JR Pass não era permitido lá.
– Os japoneses não falam ao celular dentro de trens e metrôs, pois é proibido. Aliás, eles também não costumam conversar nestes locais, o metrô pode estar lotado, mas não se ouve nada. Por isso é comum vermos fotos de vagões onde todos os passageiros estão mexendo no celular ou lendo.
– Não encontramos muitas lixeiras pelas ruas (e elas são limpíssimas), então o esquema é levar um saquinho plástico e ir armazenando o lixo até encontrar uma.
– Alguns detalhes sobre banheiros:
- Nos banheiros também não há cesto de lixo. O papel higiênico deve ser descartado diretamente no vaso sanitário. Geralmente, há um cesto pequeno para descartar outras coisas, como absorventes.
- Como comentei anteriormente, os vasos são uma atração à parte… rs. Tem diversos botões, um deles faz sair um chuveirinho, outro esquenta o assento, outro libera aromas perfumados (esse é brincadeira, mas é uma boa ideia, né?! rs) e alguns emitem som de água automaticamente. Li que isso existe, pois as japonesas têm vergonha do barulhinho do xixi, aí o som seria para encobrir… hehe.
- Em alguns locais como shoppings e parques há duas opções: sanitários ocidentais (que é o que conhecemos, exceto a parte tecnológica rs) e os típicos japoneses que eram utilizados antigamente, aqueles em que é preciso agachar e fazer o pipi num buraco no chão, sabe?!
- Em alguns banheiros que fui, não havia papel toalha ou secador, isso porque eles têm o costume de sempre carregar uma toalhinha de mão.
– Sites de pesquisa –
Eu gosto de pesquisar o máximo possível sobre os locais que visitaremos. Informações sobre horários e dias de funcionamento são imprescindíveis em meus roteiros… rs. Alguns lugares não abrem às segundas ou fecham cedo, por exemplo, é bom saber para não perder a viagem.
Um site que me ajudou demais em meu roteiro foi o Japan Guide. Ele é ótimo, tem muita informação sobre quase tudo, inclusive valores de taxas de entrada, mapas e se tal local está em reforma. No Japão diversos templos e santuários passam por restaurações, sendo que algumas duram anos. No geral, elas não implicam no fechamento da atração, mesmo porque um determinado local pode ter outros subtemplos e jardins por ex., mas talvez aquele templo maravilhoso esteja coberto por tapumes ou telas. Na época que eu fui, vi a informação que o Castelo de Himeji estava sendo restaurado e estaria todo coberto. Era um lugar que eu queria muito visitar, mas poxa, ele todo escondido não tem graça, né?! Aí risquei da lista.
– Transfer Aeroporto Osaka (Kansai) até hotel em Kyoto –
Como imaginei que chegaríamos cansados do longo vôo, decidi contratar um transfer, chamado Yasaka Taxi. Fiz o procedimento no Brasil, antes de viajar. Foi uma ótima escolha, chegamos no início da noite e estávamos exaustos mesmo. A empresa possui um guichê no aeroporto e o motorista estava nos esperando. Na van cabem 8 passageiros e há WiFi gratuito disponível.
– Como se locomover –
Eu estava um pouco preocupada com essa questão, apesar de ter anotado como chegar a todos os lugares, pois as muitas linhas de trem e metrô poderiam nos confundir. Às vezes, numa mesma plataforma passa mais de um tipo de trem.
O que nos ajudou muito foi o Google Maps. Muitas vezes ficávamos em dúvida se o trem que estava vindo era o que tínhamos que pegar, mas aí víamos no aplicativo que hora ele ia passar e ficávamos espertos no horário mostrado no painel da plataforma. Como lá é tudo pontualíssimo, deu super certo. Só pegamos um trem errado (e eu fiquei desesperada), mas conto essa história mais para frente… rs.
Se houver algum tipo de atraso em alguma linha, os painéis informarão este detalhe.
Em Kyoto só usamos ônibus, pegamos metrô uma única vez. Para ir a lugares mais distantes como Nara, Hiroshima etc, usamos os trens e foi bem fácil. Ah, pegamos táxi uma vez também para ir à estação, pois estávamos com as malas. As portas abrem e fecham sozinhas e os taxistas utilizam luvas brancas.
No site Japan Visitor, você encontra informações sobre os ônibus Raku bus, voltado para visitantes, que rodam pelos principais pontos turísticos de Kyoto.
O site HyperDia também é ótimo, mostra a tabela de horários de diversos meios de transporte entre um local a outro, além das tarifas, duração da viagem, número dos tracks que os trens passarão na estação etc.
As principais estações de Tokyo são gigantescas, praticamente uma cidade no subsolo. Diversas linhas de trem e metrô passam pelas estações. A primeira visita é impactante, dá a impressão que você nunca encontrará a plataforma que precisa ou que nunca conseguirá sair da estação… rs. Mas, depois do primeiro dia você já passa a entender melhor o funcionamento. Há muitos painéis, placas e sinais no chão indicando o caminho das plataformas, saídas… Falando em saídas, não esqueça de anotar a saída que você deve se encaminhar para chegar em determinado local. Só para você ter uma ideia, a Shinjuku Station, que é a maior estação de Tóquio, tem 80 saídas para a rua. Lá passam por dia mais de 2 milhões de pessoas.
Em Tokyo não utilizamos ônibus, só trem e metrô. Uma vez entramos em uma estação e o mapa do metrô estava todo em japonês (geralmente tem em inglês também). Aí o jeito foi jogar no Google Tradutor o nome da estação que queríamos, vimos os caracteres em japonês e ficamos procurando no mapa… rs. Para ler uma placa também chegamos a utilizar aquele esquema que você tira foto da palavra e o aplicativo traduz. Nem sempre dá certo, mas naquele momento funcionou. Ah! Nas estações de metrô, após passar as catracas na ida, não jogue fora seu ticket, pois você precisará inseri-lo novamente na hora de sair.
Nós chegamos a pegar metrô em Tokyo na hora do rush e fica bem lotado mesmo, mas não fica aquela muvuca e empurra-empurra.
– Kyoto –
01.04.2014 a 06.04.2014
Foi difícil montar o roteiro de Kyoto, pois havia muitos locais interessantes e lindos para conhecer em tão pouco tempo. Nós ficamos 5 dias inteiros na cidade, mas usamos 3 dias para ir a outros locais distantes (ficamos o dia todo fora), ou seja, tínhamos 2 dias apenas para passear pela velha capital.
Como chegamos na noite do dia 1º, iniciamos nossas andanças no segundo dia.
02/04 – Ginkaku-ji (Templo de Prata), Philosopher’s Path, Heian Shrine, Templo Chion-in (Não estava no roteiro), Maruyama Park e Kiyomizudera.
03/04 – Kinkaku-ji (Templo de Ouro), Nijo Castle e Templo Nishi Honganji.
04/04 – Nara e Fushimi Inari Shrine ~ fora de Kyoto
05/04 – Arashiyama e Osaka (Aquário Kaiyukan e Osaka Castle) ~ fora de Kyoto
06/04 – Miyajima e Hiroshima ~ fora de Kyoto
Confira aqui outras as principais atrações de Kyoto separadas por região.
– Tokyo –
07.04.2014 a 16.04.2014
Quis ir para Tokyo no dia 07 para pegar um pouco da floração das cerejeiras por lá também.
07/04 – Chegamos em Tokyo por volta das 14h. Demos uma volta por Shinjuku e depois fomos à Akihabara.
08/04 – Palácio Imperial (não estava no roteiro) e Shinjuku Gyoen
09/04 – Ueno Park, Templo Asakusa, Sumida Park e Tokyo Skytree
10/04 – Nikko
11/04 – Odaiba
12/04 – Hakone
13/04 – Meiji Shrine, Harajuku e arredores
14/04 – Kamakura
15/04 – Passeio pela cidade (Shibuya e arredores)
16/04 – Volta para casa
Oi, Angélica!
Quero dar parabéns pelo blog! Vou com meu marido para o Japão (primeira vez, aiaiai) no final de março e seus posts têm me ajudado muito no planejamento! Foram os relatos com que mais me identifiquei (e li muita coisa nessa preparação, vc imagina, né, rs!), têm muita informação relevante, além de as fotos serem lindas, super caprichadas. Excelente trabalho!
Uma dúvida (desculpe se perdi a informação!): vcs chegaram a reservar assentos nos shinkansens? Queria ter mais liberdade, mas será que não acontece de entrar num trem e estar tudo ocupado, nessa época de pico das sakuras?
Bjos!
Olá, Denise!
Muito obrigada, fiquei super feliz por ter ajudado! Quando fomos para lá tbm pesquisei muuuuito… rs.
Tenho muitas saudades do Japão, voltamos encantados!
Então, quanto aos shinkansens, mesmo na época das sakuras conseguimos lugar em todos que pegamos. Lembro de ter sido bem tranquilo.
Que delícia que tbm irão na temporada das cerejeiras!
Espero que façam uma ótima viagem, aproveitem muito! E qqer outra dúvida, se puder ajudar, é só falar!
Beijos!
Oi, Angélica! Sou eu de novo rs! Agradeço demais por toda atenção! 🙂
Vou seguir sua dica e alugar o pocket wi-fi desse site. Também vou ficar em um Toyoko-Inn na primeira “perna” da viagem. Vc avisou o hotel antecipadamente que chegaria um pacote? Eu não consigo nem localizar o e-mail do hotel no site rsrs e tenho medo que não o recebam.
Muito obrigada! Vamos aproveitar, sim, principalmente com um planejamento bem feitinho, no que vc ajudou muito!
Bjos
Olá, Denise! Imagina, fico feliz em ajudar!
O pocket wi-fi nos ajudou demais e foi tudo tranquilo com o pedido. Não avisei o hotel, não. Quando chegamos ele já estava lá na recepção.
Meus pais foram o ano passado ao Japão e alugaram o aparelho com uma empresa brasileira chamada Gema Turismo (www.gematurismo.com.br/). Eles fazem todo o processo de agendamento para você, mas é o mesmo esquema, o aparelho é enviado direto para sua hospedagem.
Há também a possibilidade de alugar chips no aeroporto, mas não sei muitos detalhes sobre essa opção.
Aliás, conversando com minha mãe, ela me disse que reservou os assentos no shinkansen no trecho Tokyo-Kyoto (ida e volta). Eles também foram na temporada das cerejeiras e estava bem cheio. Se você comprar o JR Pass, a reserva é feita gratuitamente. Mas fique de olho no horário, pois se perder o trem, a reserva não terá mais validade para o próximo shinkansen.
É isso aí, acredito que um bom planejamento é essencial para uma viagem como essa! 🙂 Afinal, não é sempre que podemos dar um pulinho ali no Japão, né? rs.
Beijos e estamos aí!
Olá amiga.
Nossa me lembrava de alguns detalhes, ri da má influência pra atravessar a rua rsrs.
Demais, leio e parece que estou vendo os acontecimentos.
Bjo
renovandoacasasempre.blogspot.com.br
Oi amiga!
Hahaha pois é… nós apressados sempre esquecíamos dos costumes de lá. Mas vou te falar que qdo esperávamos o sinal abrir, a “perna coçava” para atravessar logo… rs
Beijo