Tokyo 7º dia ~ Harajuku e Meiji Jingu: dois lados da cidade

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Deixamos para conhecer um local específico no domingo: a excêntrica Harajuku!

Este bairro de Tokyo é muito famoso por reunir pessoas, em sua maioria adolescentes, vestidas da forma mais extravagante possível. A moda de Harajuku é, provavelmente, diferente de tudo o que você já viu.

Lá podemos encontradas as Lolitas, meninas que se vestem como bonecas, com roupas cheias de rendas e babados, além de laços na cabeça. Também vimos as Gyaru, que adoram um bronzeamento artificial, lentes coloridas, cabelos loiros e roupas curtas e decotadas. A moda Decora é a mais doida e divertida, o pessoal se veste com roupas super coloridas, maquiagem colorida, os cabelos também coloridos e muitos, eu disse muitos acessórios, como pulseiras, colares, presilhas etc, tudo junto e misturado. Há também aqueles cujo estilo tem influência no punk, rock, gótico… e outros que saem fantasiados e são bem alegres.

Ao que parece há ainda muitos outros estilos e “tribos”, o importante lá é a liberdade de expressão.

E é justamente no domingo que rola esse encontro pelas bandas de Harajuku, mais especificamente na Takeshita Dori ou Takeshita Street.

Além dos pedestres que são a sensação desta rua, há muitas lojinhas de roupas e acessórios, brechós, cafés e os famosos crepes-sorvete. Mas é preciso paciência, pois o local fica lo-ta-do!

Para chegar na Takeshita Street, pegue um trem na Yamanote Line e desça na Harajuku Station.

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Esta foto é dos meus pais, na viagem que fizeram em julho/2013. Nossas fotos não ficaram muito boas. A decoração do portal de entrada sempre muda.
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Cenas de Harajuku… rsrs. Não sei do que se trata, se alguém souber o que dizem os cartazes, me avise, please! 🙂

Pela manhã cedinho talvez a Takeshita Street não tenha muito movimento e as lojas estejam fechadas (abrem às 11h), então você pode aproveitar e visitar um belo santuário ali perto.

De um lado da rua temos a Tokyo frenética, colorida e jovial e do outro lado um local sereno e relaxante que te encaminha ao passado do país. Eu acho incrível como o Japão consegue absorver a cultura de outros países e ainda assim manter suas tradições milenares.

Meiji Shrine (Meiji Jingu)

O Santuário Meiji está localizado em uma enorme área verde dentro da movimentada cidade e é dedicado ao Imperador Meiji e à Imperatriz Shoken.

O imperador Meiji, cujo nome era Mutsuhito, foi o 122º imperador do Japão, sendo o primeiro do Período Moderno. Nasceu em 1852 e subiu ao trono com apenas 15 anos, quando a era feudal (baseada no shogunato) chegou ao fim e o imperador foi restaurado ao poder.

Mutsuhito ficou conhecido como símbolo da modernização do Japão. Marcou o início de uma revolução nacional, direcionando seu país ao desenvolvimento industrial e militar ao introduzir ideias e tecnologias ocidentais. Com estes novos rumos, o Japão tornou-se uma das grandes potências mundiais.

“Meiji” significa Governo Iluminado.

Após a morte do imperador e sua esposa, a nação japonesa desejou criar um santuário para homenageá-los e assim foi feito. A construção ficou pronta em 1920, mas foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Sua reconstrução se deu em 1958 com o apoio de toda a população.

A bela floresta presente no complexo do santuário é composta por cerca de 100.000 árvores, as quais foram generosamente doadas de todas as regiões do país e cada árvore foi plantada à mão com o mais profundo sentimento.

  • Horários: abre ao nascer do sol e fecha ao pôr-do-sol | veja horários precisos a cada mês, aqui.
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: o santuário e arredores são gratuitos. Dentro do complexo há o Museu do Tesouro e um jardim interno (Inner Garden), ambos são pagos.

Logo na entrada, vemos um enorme e lindo torii de madeira.

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Já deu para perceber que é uma delícia passear por lá, não é?!

Os barris de sakê presentes no local são oferendas de membros da Associação dos Fabricantes de Sakê, em profundo respeito às almas do Imperador Meiji e sua esposa. O povo japonês os tem com grande estima.

Para mostrar gratidão aos doadores, todos rezam pela prosperidade das indústrias de sakê e também de outras indústrias que ajudam a manter viva a cultura japonesa.

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O complexo principal de edifícios do santuário está localizado a dez minutos a pé, tanto da entrada sul perto da estação Harajuku, quanto da entrada norte perto da estação Yoyogi.

No meio da floresta, os edifícios do complexo Meiji Jingu transmitem tranquilidade, uma atmosfera bem distinta da cidade circundante. Os visitantes do santuário podem participar de atividades típicas do xintoísmo, como fazer oferendas no salão principal, comprar amuletos ou escrever o seu desejo em um ema (plaquinha de madeira).

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Temizuya. Este é o local de purificação, onde deve-se fazer um ritual antes de entrar no santuário.

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Nós estávamos fotografando quando vimos pessoas com vestimentas tradicionais atravessando o local. Não sabíamos ao certo do que se tratava, mais tarde percebemos que um casamento seria ali realizado. Uma cerimônia xintoísta.

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O xintoísmo e o budismo são as religiões predominantes no Japão. O cristianismo soma menos de 2%. Os casamentos xintoístas representam mais de 60% dos enlaces, mas as cerimônias ocidentalizadas estão cada vez mais frequentes.

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Sacerdote xintoísta (não aparece nesta foto) seguido por assistentes. As moças que auxiliam os rituais durante a cerimônia são chamadas Miko.
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Um dos enormes portões que levam ao santuário. A madeira principal utilizada nas construções foi o cipreste.

Meiji Jingu é um dos santuários mais populares do Japão. Nos primeiros dias do Ano Novo, o santuário recebe regularmente mais de três milhões de visitantes para as primeiras orações do ano, mais do que qualquer outro santuário ou templo no país.

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O hall principal do santuário Meiji logo à frente.

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Estávamos observando as bonitas lanternas quando notamos uma movimentação próximo ao portão. O casamento estava sendo iniciado! Vimos os noivos entrando com seus trajes tradicionais, seguidos de seus familiares.

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Casamento xintoísta no Meiji Jingu.

Eles caminharam até o hall, a cena não deve ter durado mais que dois minutos, mas foi incrível presenciar um momento tão especial e tão diferente de nossa cultura. Todos que estavam ali pararam para admirar.

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Eles entraram em uma sala reservada e todos voltaram a circular pelo santuário.

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Plaquinhas de madeira (Ema) onde os visitantes escrevem seus desejos/agradecimentos.

Numa área ao lado do hall principal estava ocorrendo uma cerimônia ou algo do tipo, mas não conseguimos descobrir mais detalhes.

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Depois de visitar o santuário, continuamos nossa caminhada pelos terrenos do complexo.

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Na parte norte do complexo, encontramos o Homotsuden, Museu do Tesouro de Meiji Jingu. No local há exibição de muitos pertences pessoais do Imperador e da Imperatriz, incluindo a carruagem que ele usou para a declaração formal da Constituição Meiji em 1889. Há também um anexo do museu, localizado a leste dos principais edifícios do santuário, que exibe exposições temporárias.

  • Horários: 9:00 às 16:30 (até 16:00 de Novembro à Fevereiro). Entrada permitida até 30 minutos antes de fechar.
  • Funcionamento: o prédio principal funciona aos finais de semana e feriados nacionais e o anexo do museu abre todos os dias. Os dias de funcionamento costumam mudar dependendo do mês.
  • Taxa de entrada: 500 yen
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Homotsuden (Museu do Tesouro)

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Era proibido tirar fotos dentro do museu. Nós gostamos muito, foi bem interessante.
Continuamos nosso passeio…
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Chegamos a parte do sul do complexo e encontramos o Inner Garden. O jardim é muito visitado em meados de junho, quando as íris estão floridas. Um pequeno poço situado no local, denominado poço de Kiyomasa, é uma das atrações, além do belo paisagismo. Este poço já existia no local antes da construção do santuário, sendo escavado há 400 anos. Ele foi visitado pelo Imperador e sua esposa, tornand0-se um popular local de força espiritual.
  • Horários: 9:00 às 16:30 (até 16:00 de Novembro à Fevereiro). Entrada permitida até 30 minutos antes de fechar. A partir de meados de junho fica aberto até mais tarde.
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: 500 yen

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Jardim de íris. Na época da floração deve ser um espetáculo!
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Poço de Kiyomasa. A água cristalina jorra num fluxo constante o ano inteiro. Além das forças espirituais, o pequeno poço é famoso por sua engenhosa construção e ótima qualidade da água.

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Em uma parte do jardim havia pés de azaléia, coisa mais linda de se ver!

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Depois do jardim resolvemos comer alguma coisa. Próximo ao Inner Garden, encontramos um edifício com fachada circular chamado Bunkakan. É lá que funciona o museu anexo do Museu do Tesouro. No local também havia um restaurante chamado Yoyogi, uma lanchonete, além de loja de souvenir e sanitários.

Entramos na lanchonete e eu pedi takoyaki e um bolinho com recheio de carne e legumes, cozido à vapor, que se não me engano chama-se nikuman. O takoyaki é um bolinho recheado com pedaços de polvo e servido com molho e raspas de peixe.

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Takoyaki… hummm… o bolinho também estava muito bom. A massa era super levinha.

Marido, à princípio, não ia comer nada. Ele não é muito chegado em carne, mas experimentou o bolinho à vapor e gostou, então resolveu pedir também.

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Ele pediu com recheio de carne de porco (butaman)

Depois dos momentos de paz no santuário, voltamos ao burburinho da cidade. A Takeshita Street estava fervilhando. Fomos caminhando lentamente pela rua, seguindo o fluxo, e por um momento me lembrei da loucurinha da 25 de março… rs. Entrei em algumas lojas, como a Daiso (na época eu ainda nem tinha conhecido a filial no Brasil).

Entramos em várias vielas e fomos caminhando meio sem rumo e acabamos chegando na avenida Omotesando.

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Calçada da Av. Omotesando lotada também. A cidade não para nunca! Esta avenida é conhecida como a Champs-Élysées de Tokyo.

Aí lembrei que estávamos perto da Kiddy Land, uma loja de brinquedos super bacana e resolvemos ir para lá.

A loja é enorme… e cheia de coisinhas fofas! Tem um andar inteiro dedicado ao Snoopy e sua turma e outro para a Hello Kitty e turma da Sanrio… no total são 5 andares que fazem a diversão de crianças e adultos.

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E é claro que não poderiam faltar as Action Figures:

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Nós fomos mais para conhecer mesmo, mas vimos um puzzle 3D de madeira do Castelo  de Himeji, super bacana, então resolvemos levar.

Continuamos nossas andanças sem rumo pelas ruas de Tóquio.

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Encontramos uma cerejeira floridíssima! E olhem as estudantes com seus tradicionais uniformes.
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Ao lado da sakura havia um pé de mexerica!

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Essa loja abaixo tinha produtos bem legais, itens de utilidade doméstica, decoração, papelaria… tudo bem fofo e divertido. Adorei, queria levar várias coisas! rs.

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O prédio abaixo é a Tower Records, localizada em Shibuya. Esta unidade tem nove andares e é considerada uma das maiores lojas de CDs do mundo. Além disso, no sétimo andar, oferece uma excelente seção de livros estrangeiros e uma incrível seleção de livros e revistas que cobrem uma ampla gama de tópicos em inglês e japonês. No segundo andar, você encontrará o Tower Records Café.

Os outros andares do edifício são divididos por gêneros musicais como clássico, jazz, soul, pop e J-pop (música pop japonesa). No subsolo há um palco para a realização de eventos de música ao vivo. A compra de CDs ainda está muito viva nesta loja em Shibuya, mesmo durante a era digital.

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Tower Records, um prédio dedicado à música.
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Um simpático canteiro de tulipas amarelas no meio da cidade
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Passamos pelo famoso cruzamento de Shibuya, o cruzamento de pedestres mais movimentado do mundo, com 8 semáfaros que abrem todos ao mesmo tempo. Dica: no segundo andar da Shibuya Station você tem uma vista bacana desse cruzamento. É impressionante a quantidade de pessoas atravessando. Nesse prédio da foto com telão gigante tem um Starbucks e dizem que a vista de lá é ótima também.

No caminho lembrei de uma loja que eu queria muito conhecer e que estava ali por perto, a Tokyu Hands. Esta é para quem gosta de DIY, artesanato, decoração, tem artigos de papelaria, vida ao ar livre, viagens… enfim, muita coisa. A loja de Shibuya ocupa oito andares. Eu simplesmente pirei!

Depois andamos mais um pouco por aí e então voltamos para o hotel, pois estávamos muito cansados…

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Coisas que se vê pelas ruas de Tóquio… rs.

No próximo post relatei nosso passeio por Kamakura, uma cidade costeira que abriga lindos templos e santuários!