Viagem realizada em abril/2017
Nos meses de abril e maio desse ano fizemos algumas viagens e uma delas foi a realização de um sonho: conhecemos a Ilha de Páscoa! Mas contarei sobre esta fantástica ilha em outros posts, hoje começarei os relatos sobre Santiago, a capital do Chile.
Na verdade, a estadia em Santiago não estava em nossos planos iniciais. Decidimos conhecer a cidade quando estava procurando as passagens para a ilha. Durante minhas pesquisas, notei um intervalo em que os bilhetes estavam mais baratos com parada de alguns dias na capital. E assim Santiago foi, felizmente, incluída no roteiro.
Ficamos somente 3 dias inteiros por lá, mas conseguimos aproveitar bastante! Nosso roteiro ficou assim dividido:
- 10/04: chegada em Santiago
- 13/04 a 20/04: Ilha de Páscoa
- 21/04: mais um dia em Santiago
- 22/04: retorno ao Brasil
Como puderam notar, depois da Ilha de Páscoa, ficamos mais um dia em Santiago. Por conta disso, fizemos várias viagens entre aeroporto-hotéis, mas no final o roteiro não poderia ter sido melhor, conto mais detalhes durante o post!
Vista do avião e chegada ao Aeroporto de Santiago
Como nós viajamos durante o dia, tivemos uma vista maravilhosa da Cordilheira dos Andes! Li alguns blogs indicando assentos do lado esquerdo e outros do lado direito para uma melhor visão das montanhas, nós sentamos no lado esquerdo (olhando para a frente do avião) na ida e na volta e achamos ótimo!
Saímos do Aeroporto de Guarulhos e após um pouco mais de 4 horas de voo, chegamos no Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benitez, também conhecido como Aeroporto de Santiago-Pudahuel. Nosso voo saiu com quase uma hora de atraso, então chegamos mais tarde que o previsto em Santiago.
Depois de todo o processo de desembarque, fomos procurar o moço que contratei para fazer nossos traslados aeroporto-hotéis. Ele se chama Sergio Gonzales Stewart, peguei seu contato no Tripadvisor. Ele também faz tours por Santiago e arredores. Nós gostamos muito de seu serviço, o faz com seriedade, além de ser educado e simpático. Tinha pesquisado preços com alguns taxistas antes e ele ofereceu valores bem melhores. Agendei tudo com antecedência via Whatsapp, para quem se interessar, este é seu contato: +56997631958. Ele também tem um site com informações sobre os serviços que oferece, clique aqui para conferir.
O Sergio já estava nos esperando no saguão, mas antes de sair, demos uma passada rápida na casa de câmbio do aeroporto (AFEX). Trocamos somente o necessário para pagar o valor do trajeto até o hotel, pois a cotação lá não é das melhores.
Também passamos numa loja de acessórios para celulares chamada Fotokina para comprar chips pré-pagos. Nós escolhemos um chip da Entel que custou 7.000 pesos chilenos, infelizmente não me lembro de quantos MB era nosso pacote. Há de outras empresas também, como Movistar, WOM, inclusive da Claro, mas sabíamos que tinha sinal da Entel na Ilha de Páscoa, então optamos por esta operadora. Estes chips pré-pagos podem ser comprados até em bancas de jornais e é necessário realizar um rápido procedimento de desbloqueio para utilizá-lo, não é preciso cadastro e nenhuma outra parte burocrática. A atendente da loja fez o desbloqueio para nós. Veja aqui um post com mais detalhes sobre esses chips pré-pagos.
Enfim, saímos do aeroporto com o Sergio e fomos em direção ao apartamento que reservamos pelo Booking, na região central de Santiago. A viagem durou cerca de meia hora.
Bellas Aparts* – Apto na região central de Santiago, bairro Lastarria
Nós optamos por um apê, pois a intenção era preparar os cafés da manhã e jantares, economizando um pouco, afinal, ainda tínhamos muitos dias de viagem pela frente.
O apartamento era todo mobiliado, com utensílios de cozinha, toalhas e cobertas. Era bem bonitinho e espaçoso, mas a limpeza deixou a desejar. Havia muita poeira sobre os móveis, a geladeira estava sujinha e as toalhas já bem gastas. Uma pena, pois o apê é legal, bem localizado e logo abaixo do prédio há um minimercado, o Lider Express, uma mão na roda.
O wifi funcionou bem. Não há serviço de limpeza durante a estadia. Como ficamos poucos dias, isso não nos incomodou. O valor das diárias estava beeem em conta, no final acabou sendo um ótimo custo-benefício, mas acho que para uma estadia mais longa escolheria outra opção.
Como comentei acima, um ponto super positivo é a localização. Há uma estação de metrô (Bellas Artes) a 100m do apê, mesma distância do Cerro Santa Lucía, 500m da Plaza de Armas, ou seja, dá para conhecer muita coisa à pé.
*Acabei de ver no Booking que o nome mudou para Apart Urbano Bellas Artes
Depois de deixar as malas no apê, fomos caminhando em direção à rua Agustinas, a qual concentra diversas casas de câmbio. Não paramos muito pelo caminho, pois já eram quase 17h e tinha lido que elas fecham às 18h, mas já foi possível “sentir” a cidade. Ruas bem movimentadas, afinal estávamos no centro, mas limpas e arborizadas.
Chegamos na rua Agustinas e começamos a pesquisar a melhor cotação. Foi super rápido, pois a maioria das casas de câmbio expõe uma tabela com a cotação das principais moedas na fachada, o que facilita demais. Nós levamos somente reais para trocar lá. A casa com a melhor cotação estava lo-ta-da. Como nós estávamos com pressa, decidimos trocar na casa com o segundo melhor valor (diferia poucos centavos).
Voltamos para o apê para guardar o dinheiro e fomos em direção ao Cerro Santa Lucía, localizado a 5 minutinhos de lá.
Cerro Santa Lucía, um charmoso parque no coração de Santiago
O Cerro Santa Lucía é um parque público gratuito, muito frequentado pelos santiaguinos. “Cerro” significa pequeno morro/colina, algo que é notado logo que você se aproxima do local.
Durante a subida, você encontrará caminhos com muito verde, flores, praças, bosques, monumentos, belas construções, além do mirante que oferece uma vista panorâmica de Santiago com a Cordilheira dos Andes ao fundo.
Além de sua beleza, o local tem grande importância histórica. O cerro era um lugar sagrado para os índios mapuches, mas passou a ser utilizado como mirante e ponto de reconhecimento da cidade pelos conquistadores. No início do século XIX, foi transformada em uma fortaleza espanhola.
A cidade de Santiago foi fundada aos pés do Cerro Santa Lucía em 13 de dezembro de 1541, pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia.
O Cerro Santa Lucía tem 65.300 m² e pode-se escolher entre dois caminhos principais para subir ao mirante. Ao longo do trajeto há placas indicando as atrações.
Em 1870, o cerro foi transformado em parque público como parte de um projeto urbanístico para a cidade, ganhando bosques, monumentos, mirantes e jardins. O responsável pela configuração atual foi o intendente Benjamín Vicuña MacKenna, cujos restos mortais estão sepultados no alto do Cerro Santa Lucía.
A Torre Mirador oferece vista panorâmica da cidade. A imponente Cordilheira dos Andes ao fundo torna o cenário ainda mais bonito. Com a chegada do inverno, as montanhas ficam branquinhas de neve.
Depois do mirante, continuamos a caminhada e encontramos a capela de Vicuña Mackenna, local onde o mesmo foi sepultado.
E o passeio continua…
Nós terminamos o passeio na elegante Terraza Neptuno, a qual orna o acesso principal do Cerro Santa Lucía, localizado na Avenida Libertador Bernardo O’Higgins (nós entramos pela rua Santa Lucía).
Após a visita ao Cerro Santa Lucía, passamos supermercado Líder para comprar comida para nossos jantares e também itens para levar à Ilha de Páscoa.
A unidade localizada abaixo do apê que nós ficamos (rua Merced, 560) é express, menor que as outras, mas tem praticamente tudo que você precisa.
Alguns produtos que compramos:
Optamos por coisas rápidas para os jantares, como macarrão, ravioli e tortellini.
Esses chips “Tika” são artesanais e 100% naturais. Compramos o mix de camotes (um tipo de batata doce) e beterraba e um de batata temperada com pimenta-do-reino e sal marinho. Adoramos! Outra coisa que gostamos bastante foi o chocolate Sahne-nuss com amêndoas, delicioso.
Tinha lido antes da viagem que os santiaguinos costumam beber água da torneira, pois é potável. Porém, por ser mais rica em minerais, o recomendado aos estrangeiros seria comprar água engarrafada. Li também que as marcas Benedictino e Nestlé são mais parecidas com as comercializadas no Brasil (em relação ao “sabor”) e, realmente, notamos isso. Inicialmente compramos de outra marca e o gosto era diferente mesmo…
Curiosidade: nos supermercados há pessoas que empacotam suas compras e é de bom tom providenciar a elas a chamada propina, uma quantia em dinheiro que é oferecida voluntariamente para agradecer um serviço. Não há uma quantia estipulada, li que normalmente oferecem cerca de $200 pesos chilenos para compras pequenas e em torno de $1000 para compras maiores. Os empacotadores não recebem salário, somente a propina dos clientes.
E assim terminamos nosso primeiro e corrido dia em Santiago! A primeira impressão que tivemos da capital chilena foi ótima! 🙂
Pena que não deixou valores.
Olá, Sara!
Infelizmente não lembro os valores de tudo, acabei perdendo algumas notinhas, mas vc gostaria de saber o valor do que exatamente?