Viagem realizada em novembro de 2021
Após um loooongo período sem viajar, desejávamos passar alguns dias no meio do mato. Decidimos conhecer Aiuruoca, localizada ao sul de Minas Gerais, um paraíso escondido na Serra da Mantiqueira! Um destino maravilhoso para quem busca tranquilidade, lindas paisagens e cachoeiras de águas cristalinas. Nós amamos!
Seu curioso nome deriva do Tupi, que significa “Aiuru” (papagaio) e “oka” (casa), ou seja, “Casa do Papagaio”. Aiuruoca é considerada uma das cidades sagradas do Brasil, possuindo um alto grau de vibração energética.
A previsão do tempo era de chuva e mais chuva durante nossa estadia, mas mantivemos o ânimo, embora um pouco receosos com as condições das estradas de terra. Chegamos com o tempo bem quente, porém nublado. Felizmente, nos outros dias fomos surpreendidos com um céu azul e ensolarado!
Existem diversas opções de hospedagem espalhadas por Aiuruoca. Para se ter uma rápida noção, as atrações turísticas estão basicamente localizadas em duas regiões opostas, no Vale dos Garcias e no Vale do Matutu, ambas afastadas cerca de 40 minutos do centrinho.
Nós optamos por um chalé bem no interior do Vale do Matutu. O trajeto até lá é feito por uma estradinha de terra batida, no geral transitável. É só ir com calma e atenção para desviar dos buracos. Porém, em épocas de chuva a situação deve ficar complicada para carros comuns por conta de algumas ladeiras, tanto no Matutu quanto no Vale dos Garcias.
E foi na última ladeira para chegar ao chalé que tomamos um susto! Notamos que a estrada estava molhada, um pouco enlameada, acho que havia chovido na noite anterior ou pela manhã. Em todas as outras subidas fomos tranquilos, mas nessa última, não muito íngreme, porém longa, o carro começou a patinar no meio da rampa e não queria subir. Tentamos cerca de seis vezes, sem sucesso.
Confesso que fiquei bem assustada, pois nunca havia passado por isso e sentir o carro deslizando para baixo sem muito controle não foi uma experiência muito agradável… rs. Nosso carro é comum e estava super pesado (depois de Aiuruoca íamos para outro destino), então marido resolveu retirar algumas malas, sacola de comida etc. e murchar levemente os pneus dianteiros para ver se melhorava um pouco o atrito com o solo.
Tentei mais uma vez e nada! Marido já estava se dando por vencido, mas eu não queria desistir, afinal, nossas diárias já estavam pagas, sem condições de pagar outras… rs. Então, em mais uma tentativa, o carro finalmente subiu, ufa! Depois, contando o ocorrido para algumas pessoas, nos disseram que nessa situação uma possível alternativa é subir de ré. Fica a dica, mas espero não precisar utilizá-la nas próximas aventuras.
CHALÉ SOLAR NO MATUTU
Chegamos ao chalé um pouco cansados, eu mentalmente e marido por ter carregado as malas ladeira acima. Porém, logo que avistamos nossa casinha pelos próximos quatro dias, nosso astral se elevou novamente. Que graça de lugar! O chalé é bem espaçoso, aconchegante, charmoso, rodeado por árvores frutíferas, um sonho! Tem verde para todos os lados, literalmente.
Dentre as diferentes frutíferas, como limoeiro, laranjeira, caquizeiro, pitangueira e pessegueiro, vimos macieiras e pereiras! Foi uma grande surpresa para mim, fiquei tão feliz, pois sempre tive vontade de ver essas árvores de pertinho. Atrás do chalé, bem em frente às janelas, existem enormes pés de pera, estavam carregados, com frutos ainda pequeninos, em crescimento.
– Confira aqui mais informações sobre esse chalé no Vale do Matutu, em Aiuruoca –
Em Aiuruoca faz um friozinho à noite, então aproveitamos para curtir nosso primeiro dia com vinho, pizza e uma pequena fogueira, a qual perguntamos previamente se seria permitido. No chalé havia um cesto com uma cota de lenha para o fogão, mas nós já tínhamos comprado em nossa cidade para levar, então a utilizamos para nos esquentar também.
Além do chalé ser uma delícia, gostamos de sua localização, estando próximo de algumas atrações do Vale do Matutu.
Tinha lido comentários de que durante a semana não havia muitos restaurantes abertos, principalmente fora de temporada. Como gostamos de cozinhar, levamos comida para toda a nossa estadia.
Na propriedade do chalé há um bistrô chamado Fios da Terra, muito bem avaliado, mas estava funcionando no horário de almoço mediante reserva antecipada, como a maioria dos restaurantes que vi fora do centrinho. Como normalmente só voltamos mais à tarde para a hospedagem nos dias de passeio, não conseguimos conhecer, infelizmente.
Após um café da manhã tranquilo observando os pássaros, fomos em direção ao Casarão do Matutu para conhecer e de lá seguir para a Trilha da Cachoeira do Fundo. Fomos caminhando a partir do chalé, mas há estacionamento no Casarão (R$20,00 para carro e R$5,00 para moto – novembro/2021).
O Casarão do Matutu é uma construção centenária, sede da Associação de Moradores e Amigos (AMA) do Matutu e abriga um Centro de Informações ao Visitante. Infelizmente não estava aberto devido à pandemia. A partir deste local não é permitido transitar com veículo motorizado, sendo necessário seguir caminhando para as atrações nas redondezas, como Poço das Fadas, restaurante da Tia Iraci, trilha para a Cachoeira do Fundo, Pico da Cabeça do Leão etc.
Ah! Um pouco antes de chegar ao Casarão há um mercadinho (está como “Mercadinho do Vale” no Google Maps), ótimo para quem vai se hospedar em algum chalé no Vale do Matutu, já que o centrinho de Aiuruoca fica a mais de meia hora de distância.
TRILHA DA CACHOEIRA DO FUNDO (E DO MEIO)
Quando chegamos ao Casarão ficamos confusos quanto ao caminho para a trilha, já que não havia placa indicando a direção. Por sorte, havia dois moradores ali por perto conversando e fomos perguntar. Muito simpáticos e gentis, eles nos explicaram todo o trajeto.
Uma parte do caminho leva até ao conhecido restaurante da Tia Iraci. Em determinado momento você encontrará uma placa, vá seguindo em direção ao “Patrimônio” (Patrimônio do Matutu é uma hospedagem localizada bem no alto, mas a trilha para a Cachoeira do Fundo começa antes de chegar lá).
Em determinado momento, chegamos em uma propriedade com um curral do lado direito. Lembro que nos foi falado para não continuar subindo nesse ponto, senão chegaríamos de fato na hospedagem Patrimônio do Matutu, localizada mais ao alto. Vimos placas indicando a Cachoeira do Fundo, mas não conseguimos identificar a trilha, até que encontramos um moço nessa propriedade que apontou a direção, era mais para a esquerda, onde há um riachinho correndo. Ali você encontrará uma pequena porteira de madeira e depois dela não há mais erro, só seguir a trilha!
A partir da porteira, o percurso é de subida por uma trilha demarcada entre a mata. Após tanto tempo sem fazer essas caminhadas, sentimos o cansaço bater bem rápido… rs. Paramos algumas vezes para recuperar o fôlego.
Essa trilha dá destaque à Cachoeira do Fundo, mas bem na metade da trilha também encontra-se a Cachoeira do Meio. Ela é pequenina e não tem um poço profundo, mas achamos muito bonita, meio escondida, rodeada por vegetação. Parecia um lugarzinho secreto. Bem em frente à queda há uma rocha sombreada, perfeita para um belo descanso.
Revigorados, seguimos com a caminhada. Um pouco depois da Cachoeira do Meio encontramos um pequeno riacho que sabíamos que deveria ser atravessado. Os doguinhos foram pelas pedras rapidinho e também resolvi ir. Marido estava com o joelho meio ruim, então achou melhor ir pela água.
Até o riacho, a trilha é bem arborizada e gostosa de percorrer, com calma devido a alguns trechos íngremes e folhas caídas que tornam o solo escorregadio. Após esse trecho, saímos em um descampado repleto de samambaias. Notamos que a maioria estava seca e as árvores pelo caminho tinham o tronco preto/queimado. Pesquisando, vi que houve um incêndio em agosto desse ano que devastou localidades dos municípios de Alagoa e Aiuruoca. Muito triste! 🙁
Durante o caminho já é possível avistar a linda Cachoeira do Fundo com seus 130 metros, descendo imponente pelo paredão. Dizem que é possível acessar alguns níveis de suas quedas d’água. Nós fomos apenas na primeira e na segunda. Tentamos subir mais pela mata, mas não nos parecia seguro.
Nós gostamos muito de fazer essa trilha, as paisagens são lindas! Na volta ainda paramos novamente na Cachoeira do Meio para curtir um pouquinho mais daquela paz.
Trilha da Cachoeira do Fundo
Início: Casarão do Matutu.
Valor: gratuita | se for de carro ou moto até o Casarão, o estacionamento custa R$20,00 e R$5,00, respectivamente (novembro/2021).
Tempo: do Casarão até a porteirinha que de fato dá início à trilha, a caminhada segue por um campo aberto e leva-se cerca de 30 minutos. Da porteirinha até a Cachoeira do Fundo a trilha segue subindo entre a mata, levando-se cerca de 1h30 a 2h, dependendo do ritmo de cada um.
Nós fizemos essa trilha, no total (contando como ponto final o Casarão), em aproximadamente 5 horas, pois fomos devagar e fizemos paradas para descansar, fotografar e aproveitar as cachoeiras.
POÇO DAS FADAS
No dia seguinte fomos conhecer mais uma atração do Vale do Matutu, o Poço das Fadas. Ao contrário do dia anterior, decidimos ir ao Casarão de carro. Era uma segunda-feira e acredito que por ser fora de temporada, não havia ninguém para fazer a cobrança do estacionamento.
O início da trilha para o Poço das Fadas se dá numa estrada que sobe à direita do Casarão. É bem pertinho, logo se avista a placa indicando a entrada. O caminho até o poço é curto e bem tranquilo.
Se você está se perguntando o porquê desse nome, acredito que seja por realmente parecer um lugarzinho encantado! Chegamos por volta das dez horas e os raios de sol incidindo deixavam a água num tom esverdeado lindo. Tivemos o Poço das Fadas só para nós, ficamos horas por lá.
Poço das Fadas
Entrada: localizada na estradinha de terra que sobe do lado direito do Casarão. Deve-se deixar o carro (R$20,00) ou moto (R$5,00) estacionado no Casarão e seguir à pé (valores de novembro/2021). A trilha até o poço é tranquila, leva menos de 10 minutos.
Valor: gratuita
Após essa manhã deliciosa e refrescante, resolvemos conhecer outro atrativo do Vale do Matutu, mas quando voltávamos pela trilha notamos uma bifurcação que passou despercebida na ida. Vimos uma placa indicando “Portal da Serra” e resolvemos subir para a direção indicada.
Chegamos num local lindo, com mesas e bancos de pedra numa área rodeada por agapantos. Ali havia também uma construção, parecia um restaurante, mas estava fechado. Passamos mais perto e uma senhora que estava varrendo o salão foi falar conosco. Ela nos contou que ali funcionava mesmo um restaurante, mas que, infelizmente, devido à pandemia teve que encerrar as atividades. Entretanto, dentro de alguns dias ela iria reinaugurá-lo, agora servindo pratos gourmet. Uma pena que não pudemos conferir, já que não mais estaríamos na cidade no dia de abertura. Batemos um papo muito bacana com ela que nos contou mais um pouquinho de Aiuruoca, do cuidado e respeito que todos têm com a região e do quanto ela é especial.
Voltamos para o chalé para deixar o carro e seguimos caminhando para a próxima atração do dia, a Cachoeira dos Macacos. Fomos a pé porque ficava pertinho da hospedagem e a estrada é linda.
CACHOEIRA DOS MACACOS
Essa cachoeira não possui placa sinalizando a entrada, mas uma dica para quem vai de carro a partir do centrinho de Aiuruoca é ficar atento à placa que indica a direção para Ananda Matutu. O início da trilha fica do lado esquerdo da estrada, há uma abertura na cerca. Quando fomos estava vazio, mas parece que o pessoal deixa o carro estacionado na beira da estrada mesmo.
A trilha até a cachoeira vai descendo pela mata e não é longa. Em determinado momento você verá uma outra trilha para a esquerda. Ela leva a uma outra queda d’água da Cachoeira dos Macacos, mais abaixo. Nós deixamos para conhecer essa parte na volta.
A cachoeira não é alta, mas é poderosa e forma duchas maravilhosas. Nós fomos no período da tarde e as rochas estavam morninhas, aproveitamos para deitar e relaxar ao som das águas.
Cachoeira dos Macacos
Entrada: estrada que leva ao Vale do Matutu, fique de olho na placa Ananda Matutu, a entrada fica do lado esquerdo (não há identificação, apenas uma abertura na cerca).
Valor: gratuita
Voltamos ao chalé e fizemos nosso “almojanta” no fogão à lenha, com calma, sem a correria dos dias na cidade grande…
Não conseguimos provar as delícias do Bistrô Fios da Terra, mas experimentamos o Ginger Ale e Kombucha produzidos artesanalmente por eles. Uma delícia!
Após um dia tão gostoso, à noite ainda fomos presenteados com um céu infinitamente estrelado. Ficamos ali curtindo o espetáculo com queijos e um bom vinho. Ah, e com a companhia de alguns vaga-lumes que também tinham aparecido na noite anterior!
CACHOEIRA DOS GARCIAS
No dia seguinte fomos conhecer a famosa Cachoeira dos Garcias, localizada do outro lado de Aiuruoca, no Vale dos Garcias. A cachoeira se encontra bem no alto da montanha, então temos algumas subidas um pouco íngremes até lá. Por sorte, as ladeiras mais tensas foram cobertas com pedras para auxiliar. A estrada não é muito boa, alguns trechos são esburacados e estreitos. Em época de chuvas aconselham ir com carro 4×4.
No caminho passamos por algumas máquinas aplainando o solo. Estávamos quase chegando no restaurante Casal Garcia, local onde pode-se estacionar para acessar a cachoeira, quando resolvemos perguntar para o senhor que trabalhava no trator sobre a situação da estrada adiante. Ele disse para estacionarmos um pouco antes de chegar ao restaurante, para não judiar muito do carro. Fomos indo até que nos deparamos com uma descida um pouco íngreme e realmente ficamos receosos. Pelo GPS vimos que estávamos próximo, então descemos somente um trecho com o carro e estacionamos em uma “baia” na lateral da estradinha, fazendo o restante a pé. Acho que daria para chegar lá sim, mas não quisemos arriscar.
O restaurante Casal Garcia estava fechado no momento, parece que os donos estavam viajando. Uma pena, pois dizem ser bom, não somente pelos pratos, mas pela vista que se tem do salão.
O acesso à Cachoeira dos Garcias é gratuito e se localiza ali mesmo na área de estacionamento do restaurante, descendo uma trilha não muito longa. Ao chegar em sua base a visão é de fazer cair o queixo. Que cachoeira maravilhosa! O poço formado é amplo, a água estava geladíssima…
Não havia ninguém, ficamos um bom tempo curtindo o visual e depois resolvemos explorar a parte de baixo. Encontramos poços deliciosos, vale a pena conferir!
PRAINHA DOS GARCIAS
A Prainha dos Garcias é outra atração que adoramos, a entrada está localizada em frente ao estacionamento do restaurante, do outro lado da estrada. O lugar é encantador e forma realmente uma prainha de águas cristalinas, transmite uma paz… foi difícil ir embora de lá.
Em minhas pesquisas tinha lido que subindo a pedra da Prainha, poderíamos seguir por uma trilha à esquerda para chegar às piscinas naturais do Lajeado. Nós caminhamos um trecho, mas em um dado momento a mata ficou muito fechada, então decidimos voltar e partir para a próxima atração.
POÇO DO JOAQUIM BERNARDO
O Poço do Joaquim Bernardo está localizado antes da Cachoeira dos Garcias, então fomos voltando pela estrada. Há placas indicando a direção. Li que no local não havia cobrança de entrada, mas seria necessário uma consumação mínima na lanchonete. No entanto, ela estava fechada, não encontramos nenhum funcionário por lá.
É um lugar gostoso, com algumas mesinhas de madeira espalhadas pelo gramado e o poço da cachoeira é bem grande. Aproveitamos para comer o lanche que havíamos levado.
Lembrei de uma dica que vi, dizia que subindo o percurso acima da cachoeira encontram-se piscinas naturais. Fui caminhando numa trilha ao lado da corredeira. Notei que o solo estava bem úmido, mas resolvi prosseguir e após mais alguns passos literalmente afundei os pés na lama. Atolei. Tênis ficou imundo, mas nos rendeu boas risadas…
Na volta para o chalé, demos uma paradinha para ver a Igreja Nossa Senhora das Dores, localizada na estrada para o Vale do Matutu. Uma graça! Na montanha ao fundo é possível observar a Cachoeira Três Marias.
No caminho também encontramos uma ave com bico alongado que me lembrou muito uma que nos deparamos na Patagônia, a bandurria. Ao que tudo indica, também é conhecida como curicaca, será que se trata da mesma espécie? Não sei, mas achei bem parecidas.
Finalizamos o dia com fogueira, xadrez e vinho que, após algumas taças, nos rendeu uma partida com muita risada e vários lances malucos… rs. Ah, e o mate foi meu! \o/
TRILHA DO PICO DA CABEÇA DO LEÃO
Em mais um lindo dia em Aiuruoca, fizemos a trilha do Pico da Cabeça do Leão, no Vale do Matutu. Deixamos o carro no estacionamento do restaurante da Tia Iraci, onde também funciona o Bar e Restaurante Araucárias, localizado um pouquinho antes de chegar ao Casarão do Matutu. Como era dia de semana, não havia ninguém por lá.
A trilha leva em torno de 2h30 a 3h no total e embora o caminho todo seja de subida, achamos tranquila. Durante o percurso há placas indicando a direção. Do Pico da Cabeça do Leão temos uma vista linda de uma porção do Vale do Matutu, do mar de montanhas e do Pico do Papagaio.
Trilha do Pico da Cabeça do Leão
Início: a trilha tem início ao lado do estacionamento do restaurante da Tia Iraci.
Duração: 2h30 a 3h no total, aproximadamente.
Valor: gratuita
Além das trilhas que fizemos, ainda há em Aiuruoca a Trilha para o Pico do Papagaio. Do alto de seus 2.100 metros de altitude se tem uma vista impressionante. Nós deixamos essa atração para uma outra oportunidade, já que é necessário um bom preparo físico, sendo a trilha considerada de nível técnico moderado. Não é aconselhável subir sozinho, pois alguns trechos são feitos dentro de mata fechada, podendo prejudicar a orientação. No Casarão do Matutu ou em sua hospedagem certamente indicarão algum guia para fazer essa trilha.
OLIBI AZEITES ARTESANAIS
Em Aiuruoca também fizemos uma visita guiada muito interessante na Olibi. Na primeira parte do passeio recebemos informações sobre o cultivo das oliveiras ali nas montanhas da Serra da Mantiqueira, os desafios e curiosidades até agora observados.
Eles fazem a colheita das azeitonas quando ainda não estão completamente maduras, o que garante a produção de um azeite extravirgem de qualidade superior e com alta concentração de polifenóis, compostos benéficos à saúde devido às suas propriedades antioxidantes.
Na segunda parte da visita, fomos conhecer o Projeto Aves, um programa de resgate de aves provenientes do tráfico e de maus-tratos, realizado com apoio do Ibama. A Olibi recebe e cuida das aves, soltando-as quando estiverem aptas a voltar à natureza. Até agora, mais de três mil aves já puderam retornar ao seu habitat natural. Infelizmente, algumas não têm mais condições de voltar ao meio ambiente, por diferentes motivos, passando a viver ali na fazenda.
E por último seguimos para uma conversa bacana sobre o azeite, onde também aprendemos, através de olfato e paladar, a identificar algumas características de um azeite realmente extravirgem e de qualidade. Foi uma experiência muito interessante e agradável, nós adoramos a visita guiada na Olibi!
E claro, aproveitamos para garantir nosso azeite Olibi! O valor da visita é de R$35,00 por pessoa (novembro/2021), sendo R$10,00 convertidos para compra de uma garrafa de azeite. Eles também vendem azeites aromatizados, azeitonas em conserva, azeite em pó, extrato de oliveira, entre outros itens.
Visita guiada na Olibi (site | instagram)
Duração: cerca de 2 horas
Valor: R$35,00/pessoa (novembro/2021), sendo R$10,00 convertidos em crédito para compra de uma garrafa de azeite.
Dias e horário: todos os sábados, 3ª e 5ª feiras, às 10h. Demais dias da semana podem ser agendados separadamente, mediante reserva com antecedência. Reservas: [email protected] ou (35) 99983-0957
Como chegar: um trecho é feito pela estrada que leva à Cachoeira dos Garcias, virando à esquerda em uma bifurcação (há placas indicando a direção). Você também pode colocar nos apps Waze e Google Maps “Olibi Azeites Artesanais”. O trajeto de terra até lá foi tranquilo.
SUGESTÃO DE ROTEIRO EM AIURUOCA
1º DIA: Cachoeira dos Garcias + Prainha + Poço do Joaquim Bernardo (Vale dos Garcias)
2° DIA: Trilha da Cachoeira do Fundo + Poço das Fadas (Vale do Matutu)
3º DIA: Trilha do Pico da Cabeça do Leão + Cachoeira dos Macacos (Vale do Matutu)
4º DIA: Trilha para o Pico do Papagaio (é melhor reservar um dia inteiro para fazer essa trilha)
5º DIA (pode ser o dia da volta): Visita guiada na Olibi Azeites Artesanais às 10h (veja acima os dias de funcionamento)
A seguir, a localização de algumas das atrações de Aiuruoca para se ter uma ideia de onde ficam.
Após dias maravilhosos em Aiuruoca, partimos para nosso próximo destino mineiro, Carrancas! Clique aqui para conferir as atrações desse lugar incrível!